MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 25 de março de 2017

Uma resposta à direita europeia


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Donal Trump já não é considerado um bicho-papão
Sebastião Nery
ROMA – Desde quando a grande imprensa brasileira e a latino americana pararam de viver à custa da Guerra Fria, os Estados Unidos deixaram de ser o bicho papão. Donald Trump passou horas com a Chanceler Angela Merkel e não devorou a Chapeuzinho Vermelho da Alemanha. Nem a OTAN explodiu, nem o Serviço Secreto dos Estados Unidos puseram fogo no mundo. Agora os tarados militaristas que estão sempre tentando buscar um fogo de guerra, podem deixar Vladimir Putim em paz.
Os rapazes e as lourinhas agitados da “Globo News” passarão noites sem dormir, mas essa guerra não virá. É verdade que há uma direita assustando a Europa. Sempre haverá. Mas depois de séculos de guerra a Europa aprendeu que só os traficantes das balas saem ganhando com as guerras frias ou quentes.
SOLUÇÃO POLÍTICA – Há poucos dias a Holanda esfriou seu partido da Direita. Angela Merkel está ganhando brilhantemente sua batalha contra a direita alemã. E a velha e sábia França nos apresenta uma bela lição de como os povos acertam quando encontram a solução política para conter suas radicalizações.
Ontem o melhor jornal do mundo, o Le Monde, numa síntese admirável mostrou que a França caminha para encontrar sua rota isolando o radicalismo furioso da beligerante Marine Le Pen. E o centro francês chega afinal ao que sempre foi desde a guerra: um abraço dos socialistas com o centro.
A porcentagem inédita de 34% de indecisos, mostra a candidata Marine Le Pen (do partido Frente Nacional) com 27% dos votos, Emmanuel Macron (do partido En Marche) com 26%, François Fillon (do partido Republicanos, de Sarkosy) com 17,5, Benoît Hamon (do partido Socialista) com 12,5%, Jean-Luc Melenchon (do Frente de Esquerda) com 11,5, mostra que a França parou para pensar.
Não é preciso ter medo de Donald Trump. A velha e sábia França está mostrando o caminho.
UM PARADOXO – No Brasil o cientista político Fernando Abrucio, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, observa: “Os Estados, vivem um paradoxo. Por um lado, são centrais de provimento dos serviços públicos: educação, saneamento, saúde, segurança e transporte. Por outro, as condições fiscais e financeiras para isso são muito ruins. As demandas por serviços públicos de qualidade só vão aumentar. Resolver a crise do Rio não resolve a crise dos Estados”.
Na mesma direção o economista José Roberto Afonso, da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, faz o alerta: “Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerias antecipam a crise de todos os Estados e, por algumas peculiaridades, a potencializam. Não por acaso, são os três em que mais pesam os inativos na folha salarial.”
DESAJUSTES – A grande maioria dos Estados integra relação dos mais ricos e desenvolvidos, com expressiva população. A origem dos desajustes está em más administrações e pouco comprometimento com o equilíbrio das finanças públicas, ao longo de duas décadas.
O caso do Rio de Janeiro é emblemático. Em 2010, recebeu da agência “Standard & Poor’s”, grau de investimento, passando a ser o Estado brasileiro classificado porto seguro para investimentos. Além dos fatos policiais envolvendo o seu então governador Sergio Cabral, a gastança irresponsável, sustentada pelo sonho e esperança na receita do petróleo, produziu o desastre com um rombo nas suas contas públicas de R$ 26 bilhões.
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