Conteúdo publicado originalmente no site Leia Já, parceiro da Tribuna da Bahia Online
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Reprodução/Facebook
Familiares de Iran já se organizam para buscar ajuda e querem punição para os agressores
O estudante recifense Iran Barbosa da
Silva, de 24 anos, foi espancado após sair de uma festa na madrugada
desta terça-feira (28), na cidade de Covilhã, em Portugal. Em seu
relato, Iran contou que dois portugueses o atacaram com fortes golpes
principalmente no rosto, apenas por ele ser brasileiro.
Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o estudante contou que estava a caminho de casa sozinho e quando entrou em uma rua escura foi surpreendido pelos dois homens. "Eu pensei que eram dois conhecidos, mas simplesmente começaram a me bater sem nenhum motivo", disse Iran. Para ele, a agressão foi motivada por racismo e xenofobia.
Ao relembrar os momentos de violência que sofreu, o brasileiro conta que reconheceu o sotaque português dos homens. Iran explica que os agressores falavam: "Toma, zuca. Isso é o que mereces". O termo 'zuca' é a abrevaição de 'brazuca', como os brasileiros são chamadas em Portugal.
"Eles me deram socos e chutes até eu perder o equilíbrio e caí no chão. Depois disso, eles saíram andando e foram embora como se nada tivesse acontecido. Parecia que só queriam descarregar a raiva", lamentou o estudante, que mora em Portugal desde 2015.
Assustado com a violência gratuita que sofreu, Iran recebeu ajuda de um amigo do Cabo-Verde que o levou para casa de carro. "Meus amigos me ajudaram e fizeram curativos nos meus machucados porque eu estava sangrando muito", disse.
Nas redes sociais, Micheline Noêmia, mãe de Iran, lamentou o ocorrido e acusou os portugueses de xenofobia e racismo. "O atacaram simplesmente por sua cor de pele, cabelo cacheado amarrado, usar brincos. É incrível como nos dias de hoje ainda estamos sofrendo desse mal que as pessoas sejam tão cegas e tragam tanta amargura em seus corações, quanta intolerância", postou.
Em 2009, um estudo publicado pela Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA, na sigla em inglês) indicou que 44% dos 64 mil brasileiros que residem legalmente em Portugal já teriam sofrido algum tipo de discriminação. Na época, a pesquisa apontou que 74% dos brasileiros consideram alto o nível de discriminação e racismo em Portugal.
O estudante ainda não prestou queixa formalmente após o ocorrido. Do Recife, os familiares de Iran já se organizam para buscar ajuda e querem punição para os agressores. "Estamos enfretando dificuldade por conta do feriado de Carnaval, mas vamos entrar em contato com o Consulado de Portugal para ter algum apoio", informou o Pedro Josephi, primo da vítima.
Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o estudante contou que estava a caminho de casa sozinho e quando entrou em uma rua escura foi surpreendido pelos dois homens. "Eu pensei que eram dois conhecidos, mas simplesmente começaram a me bater sem nenhum motivo", disse Iran. Para ele, a agressão foi motivada por racismo e xenofobia.
Ao relembrar os momentos de violência que sofreu, o brasileiro conta que reconheceu o sotaque português dos homens. Iran explica que os agressores falavam: "Toma, zuca. Isso é o que mereces". O termo 'zuca' é a abrevaição de 'brazuca', como os brasileiros são chamadas em Portugal.
"Eles me deram socos e chutes até eu perder o equilíbrio e caí no chão. Depois disso, eles saíram andando e foram embora como se nada tivesse acontecido. Parecia que só queriam descarregar a raiva", lamentou o estudante, que mora em Portugal desde 2015.
Assustado com a violência gratuita que sofreu, Iran recebeu ajuda de um amigo do Cabo-Verde que o levou para casa de carro. "Meus amigos me ajudaram e fizeram curativos nos meus machucados porque eu estava sangrando muito", disse.
Nas redes sociais, Micheline Noêmia, mãe de Iran, lamentou o ocorrido e acusou os portugueses de xenofobia e racismo. "O atacaram simplesmente por sua cor de pele, cabelo cacheado amarrado, usar brincos. É incrível como nos dias de hoje ainda estamos sofrendo desse mal que as pessoas sejam tão cegas e tragam tanta amargura em seus corações, quanta intolerância", postou.
Em 2009, um estudo publicado pela Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA, na sigla em inglês) indicou que 44% dos 64 mil brasileiros que residem legalmente em Portugal já teriam sofrido algum tipo de discriminação. Na época, a pesquisa apontou que 74% dos brasileiros consideram alto o nível de discriminação e racismo em Portugal.
O estudante ainda não prestou queixa formalmente após o ocorrido. Do Recife, os familiares de Iran já se organizam para buscar ajuda e querem punição para os agressores. "Estamos enfretando dificuldade por conta do feriado de Carnaval, mas vamos entrar em contato com o Consulado de Portugal para ter algum apoio", informou o Pedro Josephi, primo da vítima.
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