Ao brasileiro profissão esperança, só resta aguardar as próximas eleições

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Charge do Genildo, reproduzida da Charge Online

César Cavalcanti
A fase que este país está passando tem se caracterizado por um caos institucionalizado na vida nacional. Como reação, surgem propostas de todo tipo, inclusive de caráter radical, com fechamento do Congresso e intervenção militar. Diante dessa realidade, defendo a tese de que a parcela mais conscientizada, participante e aguerrida da população volte a sair às ruas com frequência e até mesmo todos os dias, para pedir o afastamento dos políticos corruptos e de alguns magistrados de tribunais superiores que se mostram sem merecimento para seguir usando a toga e deveriam ser processados, na forma da lei.
Verificando-se as atividades essenciais na vida desta nação, constata-se, com pouquíssimas exceções, que a regra geral tem sido de fácil identificação – falta de lisura e de ética, e o pior é que esse lado indesejável de qualquer ação se estendeu e se cristalizou.
NUM IMPASSE – Mesmo cientes dessa situação, através da imprensa, que relata diariamente a ocorrência de inúmeros atos de corrupção e outras ilegalidades, os brasileiros não têm conseguido vislumbrar que, mais cedo ou mais tarde, as coisas possam tomar outro rumo, em busca da seriedade político-administrativa e da justiça social.
Friedrich Nietzsche, pensador alemão do Século IXX, desabafava: “Já dei tudo. Nada me resta de tudo quanto tive, exceto tu, esperança”. É como nós, brasileiros, precisamos nos sentir. À falta de meios ao alcance da consagração de nossa cidadania, só resta mesmo apelar para o sentimento da esperança,
APRENDER A VOTAR – É desnecessário exemplificar o que precisamos, porque nos falta quase tudo. O mais importante, porém, será a recuperação da seriedade administrativa, porque significa a base de tudo.
Aproximam-se as eleições gerais, que serão realizadas no próximo ano. É hora do eleitor brasileiro mostrar o seu valor. Precisamos votar usando a consciência e a razão, e não apenas a paixão partidária ou ideológica. Não há alternativa, é a única opção na qual podemos realmente ter esperança. Soluções radicais são perigosas e antidemocráticas.

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