Um dossiê dizendo que a Rússia compilou informações comprometedoras de Donald Trump foi mostrado na semana passada pelos serviços de inteligência americanos ao presidente eleito e ao atual mandatário, Barack Obama. As informações, não foram confirmadas pelos serviços de inteligência, estariam nas mãos de um ex-espião britânico com trânsito na Rússia e nos EUA.
O documento do ex-espião britânico foi enviado a uma empresa de pesquisa política e teria chegado a ser oferecido às campanhas de rivais do presidente eleito nas primárias republicanas e da democrata Hillary Clinton.
As informações foram entregues em um anexo ao relatório dos serviços de inteligência sobre a interferência russa nas eleições presidenciais americanas, apresentado na última sexta-feira (6).
TODOS SABIAM – Agentes de inteligência afirmaram à imprensa que, devido a seu potencial explosivo, o dossiê foi divulgado a Trump e a Obama mesmo que os serviços ainda não tivessem confirmado suas informações.
Em mensagem no Twitter, Trump disse se tratar de uma notícia falsa. “Notícias falsas. É uma total caça às bruxas política”, disse, usando o mesmo termo que aplicou para criticar o relatório de inteligência russo.
O governo do presidente Barack Obama não comentou sobre a informação até o momento.
ORGIAS – A íntegra do documento, exibido pelo site Buzzfeed, mostra que o governo de Vladimir Putin teria feito um esforço para influenciar Trump, que viajou diversas vezes à Rússia a negócios e devido ao concurso Miss Universo.
O mesmo levantamento, diz o dossiê, havia sido feito com empresários próximos ao bilionário, com quem tinham contato há oito anos. Para tanto, guardaram informações das visitas e dos negócios para chantagear o presidente eleito.
Dentre elas, a informação de que Trump teria feito orgias com prostitutas em Moscou e São Petersburgo em 2013, durante visitas em que buscava uma forma de entrar com sua empresa imobiliária no mercado russo. Uma das noitadas teria sido gravada pelo Kremlin.
Os russos também teriam a informação sobre propinas pagas por empresas de Trump a integrantes do governo da China e de uma reunião do advogado de Trump, Michael Cohen, com membros do Kremlin em agosto em Praga. A visita seria para abafar a acusação contra Paul Manafort, assessor de campanha, de envolvimento em corrupção no governo do presidente ucraniano Viktor Yanokovich, derrubado em 2014. Cohen disse que nunca viajou à República Tcheca.
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