O vice-presidente nacional do PSDB e ex-governador de São Paulo Alberto Goldman criticou o vazamento da delação premiada que implicou o nome do presidente Michel Temer, do senador Aécio Neves (PSDB-MG), além de outros políticos, e que resultou nesta quarta-feira (14/12), no pedido de demissão do assessor especial da Presidência, José Yunes.
Em vídeo divulgado por ele em seu canal no YouTube e replicado pelo partido, Goldman afirmou que conhece os citados na delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho, que muitos são “inconfiáveis”, mas que não tem dúvida da honestidade de muitos outros.
A estratégia do vice-presidente tucano foi a mesma adotada por Temer e por outros políticos da base aliada, de atacar o vazamento de delações para minar os efeitos negativos da colaboração premiada dos executivos da empreiteira, que também envolvem peemedebistas e tucanos.
A QUEM INTERESSA? – Ao criticar o vazamento, Goldman questionou a quem interessaria a divulgação de uma delação que ainda não passou pelos trâmites legais do Ministério Público e do Judiciário e que “de alguma forma irregular chegou aos meios de comunicação”. “Isso não podemos aceitar, porque dessa forma você põe no mesmo saco todo mundo, gente que não cometeu crimes e irregularidades e gente que, nós sabemos, cometeram grandes crimes e são responsáveis em grande monta pelo que se passou no País nos últimos anos”, disse, em vídeo com o título “O joio e o trigo”.
O tucano cobrou do Ministério Público que assuma a responsabilidade sobre os processos e que os conduza de maneira legal. “Se ele (MP) está fazendo um papel muito importante nos últimos anos, não pode se deixar levar por desvios tão graves como esses que estão ocorrendo”, disse Goldman, em referência ao vazamento da delação. Ele afirmou que o MP e a Justiça precisam manter a credibilidade para que o País possa retomar o desenvolvimento e “ultrapassar essa fase terrível que o petismo nos deixou.”
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