O presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) Jonas Lopes
foi conduzido coercitivamente por agentes da Polícia Federal (PF) à
sede da instituição, na Região Central do Rio, na manhã desta
terça-feira. O filho dele, Jonas Lopes Junior, também foi levado
coercitivamente para a PF. De acordo com a PF, quarenta policiais
federais cumprem 10 mandados de busca e apreensão e três mandados de
condução coercitiva expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A
Operação Descontrole, ação da Polícia Federal, em conjunto com o
Ministério Público Federal (MPF), é resultado de investigação da
Força-Tarefa da Operação Lava-Jato no estado e tem como objetivo
investigar os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, entre
outros, por Lopes e pessoas vinculadas a ele. A PF cumpre mandados após a
delação de Ricardo Backheuser, conhecido como Ricardo Pernambuco, dono
da Carioca Engenharia, e do executivo Leandro Andrade, da Odebrecht.
Pernambuco afirmou ter pago propina a Jonas Lopes para aprovar as obras
do Maracanã e da construção da Linha 4 do metrô do Rio. Já nas obras do
Maracanã, o executivo da Odebrecht revelou que acertou com o presidente
do TCE o pagamento de R$ 4 milhões em quatro parcelas de R$ 1 milhão. A
"contrapartida era absolutamente clara", afirmou o delator - em troca do
pagamento, o TCE aprovaria o edital da concessão do Maracanã. A
primeira parcela teria sido paga no dia 10 de fevereiro de 2014 ao filho
de Jonas Lopes, Jonas Lopes de Carvalho Neto, no escritório de
advocacia dele, no Centro do Rio. Procurada para comentar o caso, a
assessoria de imprensa do TCE-RJ, ainda, não respondeu o e-mail da
reportagem. (O Dia)
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