A Polícia Federal no Paraná indiciou o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, além de Carlos Emanuel Miranda e Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho, no âmbito da Operação "Lava Jato", por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A suspeita é que o ex-governador tenha recebido R$ 2,7 milhões em vantagens ilícitas.
Segundo a Polícia Federal, eles são suspeitos de terem se beneficiado do pagamento de vantagens indevidas relacionadas a um contrato entre a Petrobras e o Consórcio Terraplanagem Comperj, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão.
De acordo com o inquérito, Carlos Miranda seria o operador de Sérgio Cabral e figura como sócio do ex-governador na empresa SCF Comunicação e Participações Ltda. Segundo a Polícia Federal, Wilson Carlos era o homem de confiança do ex-governador e foi seu secretário de governo.
A Agência Brasil tentou contato com a defesa do ex-governador, mas não obteve retorno.

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Operação Calicute
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) julga nesta quarta (14) o mérito do habeas corpus pedido pelas defesas de Sérgio Cabral, sua esposa Adriana Ancelmo e de dois outros réus da Operação Calicute. Os pedidos de liberdade provisória e de medidas alternativas à prisão (como prisão domiciliar) já tinham sido negados em caráter liminar.
Cabral, Adriana, José Orlando Rabelo e Paulo Fernando Magalhães Pinto tiveram prisão preventiva decretada pela 7ª  Vara Federal do Rio de Janeiro, depois de terem sido denunciados pelo Ministério Público Federal. Eles respondem pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Cabral também responde por corrupção passiva.