MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 10 de dezembro de 2016

lhéus: ambientalistas pressionam contra construção de ponte


ONG e ambientalistas da Região Cacaueira se movimentam para pressionar o governo do estado a suspender temporariamente a construção da ponte que ligará o centro de Ilhéus à zona sul da cidade. A cargo da empreiteira OAS, o projeto preocupa líderes comunitários e entidades que atuam em defesa do meio ambiente. As obras foram iniciadas no fim de setembro sem debate prévio com a sociedade civil e especialistas na área, que cobram acesso a estudos detalhados de eventuais impactos ecológicos sobre a Baía do Pontal, formada pela confluência dos rios Cachoeira, Santana e Fundão com o oceano. “A intenção não é atrapalhar o andamento da ponte, que é reivindicada há anos pelos moradores daqui. Mas queremos maior transparência por parte do poder público, conhecer os critérios técnicos e dialogar antes que ela avance sem que saibamos dos possíveis prejuízos ao estuário (ambiente de transição entre o rio e o mar caracterizado pela alta diversidade biológica)”, afirmou o presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Floresta Viva, Rui Rocha. A mobilização organizada por movimentos sociais do Sul baiano já rendeu uma vitória para os ambientalistas. A pedido do Instituto Nossa Ilhéus, o Ministério Público do Estado forçou o governo do estado a realizar a primeira audiência pública sobre a construção da ponte, marcada para depois de amanhã, na Câmara de Vereadores do município. A expectativa entre representantes de ONG é conhecer a íntegra do projeto e obter respostas ainda não esclarecidas. Em especial, os resultados do estudo de impacto ambiental e os motivos que levaram à mudança no desenho apresentado em 2014 pelo então governador Jaques Wagner (PT). Prometida durante as campanhas de Jaques Wagner e Rui Costa ao governo em 2010 e 2014, a nova ponte Ilhéus-Pontal começou a ser construída na última sucessão estadual. Meses depois, no entanto, foi abandonada após o cerco da Operação Lava Jato sobre a Constram, empreiteira da UTC que havia vencido a concorrência. Pelo projeto inicial, concluído em 2013, a ponte teria 497 metros de extensão e custaria R$ 180 milhões. Agora, são 533 metros ao custo de R$ 99,6 milhões. Como o preço caiu pela metade mesmo com aumento de tamanho é outra resposta que os movimentos sociais de Ilhéus vão buscar na audiência pública. (Correio)

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