Por Redação Bocão News | Fotos: Reprodução
Fidel morreu aos 90 anos, exatamente 60
depois de ter zarpado do México no iate Granma com 81 homens para
derrotar a ditadura de Fulgencio Batista. Doente e afastado da política
desde 2006, até as primeiras horas de sábado, ninguém sabia as
circunstâncias de sua morte, apenas a vontade do líder de ser cremado.
Suas cinzas percorrerão 13 das 15 províncias da ilha em uma caravana de
cerca de mil quilômetros, que se estenderá por quatro dias e terminará
com seu sepultamento, daqui a uma semana, na cidade de Santiago de Cuba,
a 960 km de Havana.
Conforme matéria de O Globo, o comandante
já não mandava, pelo menos não diretamente. Foi seu irmão, Raúl, o
grande responsável pelas mudanças recentes no país, após a histórica
reaproximação com os Estados Unidos, em 2014. Mas sua presença pairava
de um extremo a outro da ilha, após mais de meio século de um governo
controverso — amado por uns e odiado por outros. Em abril, após longo
período ausente, reapareceu durante a sessão final do Congresso do
Partido Comunista e, em um rápido discurso, falou sobre a própria morte:
— Em breve vou completar 90 anos, eu
nunca teria pensado em tal ideia e nunca foi fruto de esforço. Talvez
seja a última vez que falo nesta sala. A hora chega a todos, mas ficam
as ideias dos comunistas cubanos, como prova de que neste planeta, se
trabalharmos com fervor e dignidade, podemos produzir os bens materiais e
culturais que os seres humanos necessitam. Devemos lutar sem trégua
para obtê-los.
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