Com a proximidade do impeachment da
presidente Dilma Rousseff, além da movimentação partidária que indica
apoio amplo ao processo, muitos falam sobre o FIM DO PT. Não poderiam
estar mais enganados, já que o PT é o único partido real do Brasil, ou
melhor, o único partido que possui militância, intelectuais, professores
universitários, agentes do partido na burocracia, sindicatos,
movimentos sociais, ONGs e conexões internacionais escusas (via Foro de
SP).
O impeachment, processo necessário e
urgente, serviria apenas para retirar o PT do executivo federal. O
partido perderia o controle direto da máquina, o que o
enfraqueceria momentaneamente e permitiria outras ações contra ele:
cassação de legenda e investigações sobre o Foro de SP, por exemplo.
Todo o resto, militância, intelectuais, etc, continuaria servindo ao
partido ou, na pior das hipóteses (para o PT), mudaria de legenda (Rede,
PSOL) para continuar a ação socialista, que é maior que o próprio PT.
Esta sempre foi a “frente ampla” que congregava todos esses movimentos
de esquerda, mesmo se, aparentemente, eles brigavam entre si – PSOL x PT
ou Linha Auxiliar? – e criavam uma situação de conflito fictício para a
opinião pública.
A queda de Dilma deve ser entendida como
um passo, o primeiro, para destruir o esquema de poder petista, que, na
ação real, congrega todas as atividades socialistas no Brasil e muitas
da América Latina. E não pode-se deixar de notar que o PT só está caindo
pela corrupção, modo utilizado pelo partido para aumentar e manter seu
poder, não pela ação revolucionária em si.
Alas internas do PT já estão discutindo a
“ofensiva conservadora” há meses, e muitas estratégias, incluindo a de
radicalizar no discurso – Dilma não começou a falar de golpe porque foi
ideia dela – e buscar apoio internacional – entrevistas de Dilma para
vários órgãos de mídia estrangeiros. Outros setores internos do partido
já começaram a discutir o “pós”, o que mostra que eles buscam sempre
estar um passo à frente.
Se entendermos o impeachment como
objetivo final, o PT se reestruturará, com o mesmo nome ou com outro, e
voltará ao poder em pouco tempo. A narrativa de golpe – quem cursa
humanas em faculdade pública sabe que isso é consenso entre os
“intelectuais de esquerda” – se fortalecerá e servirá de mito fundador
para o retorno do partido ao poder.
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