Matéria publicada nesta quarta-feira (2), no The New York Times,
por Simon Romero, analisa que a situação do Brasil está cada vez mais
complicada. Um senador próximo ao presidente acaba de ser preso em um
escândalo de corrupção e os legisladores estão exercendo a ameaça de
impeachment sobre a presidente, frustrando os esforços para lidar com a
crise econômica. Na terça-feira (1), o Brasil registrou seu pior
desempenho econômico em duas décadas. O resultado lúgubre de que a
economia encolheu 1,7 por cento no terceiro trimestre é simplesmente o
resultado de meses de crise econômica e paralisia política, formando uma
cortina de fumaça sobre o maior país da América Latina. O que começou
como uma investigação sobre subornos na Petrobras, cresceu rapidamente e
se transformou em um escândalo muito maior, com envolvimento de
importantes empresários e políticos, como ocorreu nos últimos dias,
quando foram presos André Esteves e Delcídio do Amaral, um banqueiro
bilionário e um senador do Partido dos Trabalhadores, respectivamente.
A
reportagem analisa que a prisão destas figuras poderosas criaram um
clima tenso em Brasília, com líderes do Congresso sendo absolvidos pelos
escândalos, deixando cada vez mais complicada a aprovação de medidas
mais consistentes por parte da presidente Dilma Rousseff. Ainda paira a
incerteza sobre a própria sobrevivência política de Dilma na liderança
do seu governo, que sofre com repetitivos pedidos de Impeachment,
aprofundando ainda mais a crise de confiança na nação. Os investimentos
despencaram 15 por cento no terceiro trimestre, em relação ao mesmo
período do ano anterior. Se persistirem as tendências atuais em 2016,
como previsto por muitos economistas, o Brasil poderá enfrentar seus
primeiros anos consecutivos de contração econômica desde 1929-1930.
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