Para retomar a confiança, economista diz que é preciso criar clima favorável no país
Em entrevista à "Folha de s. Paulo", nesta quarta-feira (2/12), o economista Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central
no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), criticou o pedido
de impeachment da presidente Dilma Rousseff como meio de solucionar a crise
econômica no país.
Loyola não aprova a política econômica do governo federal, mas disse que isso por si só não é suficiente para tirar Dilma Rousseff da Presidência. "Parece que a perspectiva com a presidente Dilma é chegarmos até 2018 com a economia nesse andar para trás, e no máximo ter alguma recuperação em 2017 e 2018, mesmo assim muito incipiente. Mas, dito isso, eu acho que o fato de ter um governo incompetente não é motivo suficiente para fazer impeachment. Não estamos no parlamentarismo, não é uma solução que você adota toda hora porque o governo se tornou impopular ou não consegue resolver os problemas", afirmou.
O ex-presidente do BC na gestão tucana, criticou o PSDB por votar na Câmara "contra o que sempre defendeu". "O que não pode é ter como motivador principal do impeachment a situação econômica. Se a gente der vez a esse tipo de ideia, vai ser muito mais fácil fazer impeachment no futuro. É só ter um Congresso trabalhando totalmente contra o governo, levar a economia a uma situação insustentável e propor um impeachment. Eu acho que é preciso analisar com muito cuidado os casos de crime de responsabilidade e de financiamento de campanha, mas aí é uma análise mais jurídica", afirmou.
Para o Loyola, a economia brasileira está em um círculo vicioso, com baixa expectativa de empresários e consumidores. O recuo do PIB piora a confiança, que afeta a atividade econômica.
O economista estima uma queda de aproximadamente 4% no Produto Interno Bruto (PIB) este ano e, em 2016, segundo ele, a retração deverá ser de 3%, com uma recuperação de 1% em 2017.
Para retomar a confiança, o economista diz que é preciso criar um clima favorável no país. “você precisa começar a gerar notícias positivas e não ter todo o dia no jornal crise política, o governo com dificuldade para gerir suas contas, a inflação subindo...”
Loyola não aprova a política econômica do governo federal, mas disse que isso por si só não é suficiente para tirar Dilma Rousseff da Presidência. "Parece que a perspectiva com a presidente Dilma é chegarmos até 2018 com a economia nesse andar para trás, e no máximo ter alguma recuperação em 2017 e 2018, mesmo assim muito incipiente. Mas, dito isso, eu acho que o fato de ter um governo incompetente não é motivo suficiente para fazer impeachment. Não estamos no parlamentarismo, não é uma solução que você adota toda hora porque o governo se tornou impopular ou não consegue resolver os problemas", afirmou.
O ex-presidente do BC na gestão tucana, criticou o PSDB por votar na Câmara "contra o que sempre defendeu". "O que não pode é ter como motivador principal do impeachment a situação econômica. Se a gente der vez a esse tipo de ideia, vai ser muito mais fácil fazer impeachment no futuro. É só ter um Congresso trabalhando totalmente contra o governo, levar a economia a uma situação insustentável e propor um impeachment. Eu acho que é preciso analisar com muito cuidado os casos de crime de responsabilidade e de financiamento de campanha, mas aí é uma análise mais jurídica", afirmou.
Para o Loyola, a economia brasileira está em um círculo vicioso, com baixa expectativa de empresários e consumidores. O recuo do PIB piora a confiança, que afeta a atividade econômica.
O economista estima uma queda de aproximadamente 4% no Produto Interno Bruto (PIB) este ano e, em 2016, segundo ele, a retração deverá ser de 3%, com uma recuperação de 1% em 2017.
Para retomar a confiança, o economista diz que é preciso criar um clima favorável no país. “você precisa começar a gerar notícias positivas e não ter todo o dia no jornal crise política, o governo com dificuldade para gerir suas contas, a inflação subindo...”
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