MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 28 de dezembro de 2013

Mulheres que sofreram violência têm cirurgia plástica gratuita em Salvador


por
Amanda Sant'Anna
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Mulheres vítimas de violência doméstica que deixaram sequelas podem realizar cirurgias reconstrutoras, gratuitamente, pelo programa do Hospital Ernesto Simões e do Hospital Dois de Julho. A iniciativa que partiu da cirurgiã plástica Ana Rita de Luna Freire, coordenadora da equipe de cirurgia plástica com área de atuação de crâniomaxilofacial, em Salvador, atende mulheres vítimas desse tipo de violência.
A cada 15 segundos uma mulher é espancada no Brasil deixando sequelas e em 49% dos casos o agressor é o próprio companheiro. A partir de dados apresentados pela Secretaria de Políticas para Mulheres e com o término da especialização em cirurgia plástica, no ano de 2003 a cirurgiã, Ana Rita Freire, decidiu dar uma contribuição à sociedade, realizando cirurgias gratuitas a população mais carente.
“Preocupei-me em oferecer um pouco do meu trabalho para aqueles que não teriam acesso a esse tipo de procedimento. Quando iniciei o programa, tanto para homens quanto para mulheres, observei que o público feminino era maioria quando o assunto era lesão de trauma facial, correlacionado com a agressão doméstica. Elas chegavam de forma espontânea, e neste caso, fazíamos um acolhimento especial com orientações dentro do que fosse possível, mas, sobretudo com uma finalidade médica. Hoje recebemos diversos casos que através de uma consulta já encaminhamos ou não para o processo de cirurgia”, contou.
De acordo com Dra. Ana Rita, o local do corpo onde há maior ocorrência de agressão é na face e a cirurgia plástica reconstrutora é uma ferramenta que ajuda não só na estética como também na autoestima das mulheres agredidas: “As consequências vão desde a equimose (cor roxa em determinada parte do corpo) a graves lesões faciais. Os ferimentos causados pelo parceiro trazem sequelas ainda mais profundas que aquelas sentidas fisicamente. A cicatriz da agressão sempre irá fazer a vítima lembrar da violência, levando a ter dificuldades em casa, no trabalho e com futuros relacionamentos”, afirmou.
Segundo a especialista, o perfil psicológico das mulheres que sofrem esse tipo de agressão é constituído por aquelas que se sentem dependentes financeira e emocionais dos seus maridos. Quem precisar deve entrar em contato pelo telefone (71) 3206-4444, do Hospital Ernesto Simões Filho ou também no Hospital São Rafael, através do contato (71) 3281-6000, e as consultas podem ser agendadas às quartas-feiras, no período da tarde, através do telefone (71) 3117-1600.

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