Se existe um órgão público que não tem razão de ser este é a
Funai, Fundação Nacional do Índio. Apesar de quase 12% do território
brasileiro pertencer a 2,7% da população composta por indígenas, o caos
está instalado em todo o Brasil com invasões, laudos antropológicos
fraudulentos e total insegurança jurídica para os produtores rurais e
até mesmo populações de pequenas cidades. Nos últimos dias, o copo
transbordou. As informações abaixo são da Folha de São Paulo.
Cerca de 3.000 moradores de Humaitá promoveram na quarta passada um protesto violento
contra os índios tenharim, a quem responsabilizam pelo desaparecimento dos três homens.
Atearam fogo à sede local da Funai (Fundação Nacional do Índio) e da Funasa
(Fundação Nacional de Saúde) e a 13 veículos e três barcos usados no transporte
dos índios.
Ontem, cerca de 300 pessoas destruíram, em Apuí (AM), o local
utilizado por
índios tenharim como pedágio ilegal na rodovia Transamazônica, em área
localizada no interior da reserva da etnia. Segundo a Polícia Militar,
casas de
apoio próximas ao pedágio também foram queimadas. Não há registro de
feridos
--os índios deixaram o local e a situação foi controlada, segundo a PM.
Ameaçados, cerca de 150 indígenas continuam em um batalhão do Exército.
Os moradores suspeitam que os três desaparecidos --Aldeney Salvador
(funcionário da Eletrobras), Luciano Ferreira (representante comercial) e
Stef
de Souza (professor em Humaitá)-- foram sequestrados pelos índios, após a
morte
de um cacique. A polícia diz que o índio morreu atropelado. Os índios
ameaçavam resistir à operação de busca, mas recuaram após a
garantia de que a Polícia Federal realizará a vistoria. Cerca de 300
homens da
Polícia Federal, da Força Nacional, do Exército e da Polícia Rodoviária
Federal
deverão vasculhar os 1.309 hectares da área.
Segundo autoridades policiais, o atual conflito é resultado de tensões
acumuladas entre índios e não índios. "A população está revoltada, há um ódio acumulado. Além dessa situação
[desaparecimento de três homens], os índios começaram a cobrar pedágio há cerca
de 20 dias na rodovia [Transamazônica, que atravessa a terra indígena]", disse o
primeiro-tenente da PM Gebes Santos.
Diante do caos instalado pela sua incompetência, a Funai expediu
uma nota parcial e até mesmo criminosa, que só aumenta a tensão. Leiam
abaixo:
"É fundamental reafirmar, nesse momento, os princípios que regem o Estado
Democrático de Direito, no âmbito do qual são reprováveis a prática de ameaças,
de violência física e moral contra indígenas e contra servidores públicos, e a
depredação do patrimônio público, causadora de enorme prejuízo ao erário".
Como se índios e funcionários públicos tivessem mais direitos do que outros cidadãos e estivessem acima da lei. Fechem a Funai!
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