Sandra Maria é um exemplo de superação e empreendedorismo.
Ela desenvolve um trabalho de arte dentro de unidade prisional.
Artesã Sandra Marai desenvolve há 25 anos o
trabalho com papéis (Foto: Neidiana Oliveira/G1)
O trabalho com papel iniciou há 25 anos quando a artesã Sandra Maria
foi contaminada por um fungo do papel. Ela conta que perdeu um dos lados
da visão mas não desanimou e começou um trabalho criativo, que ajuda a
sustentar a família e ainda contribui para a preservação do meio
ambiente.trabalho com papéis (Foto: Neidiana Oliveira/G1)
"Eu trabalhava reformando livros em uma biblioteca, quando peguei Uveíte e perdi um lado da visão. Mas com a necessidade, eu criei uma nova forma de ganhar dinheiro, pois as contas iam vecendo e eu não tinha condições. Então comecei a confeccionar caixinhas que eram porta-joia", lembrou a artesã.
Ela tranforma o que possivelmente seria jogado no lixo em arte, dessa forma contribui com a natureza. Questionada se usa qualquer tipo de papel para a confecção dos artigos, Sandra Maria ressaltou que há uma seleção para a escolha dos melhores tipos de papeis, os quais não são prejudiciais à saúde e são mais resistentes.
Sandra Maria participou de exposições e outros eventos do Sebrae, que segundo ela alavancaram o trabalho com papel. A artesã é um exemplo de superação e empreendedorismo, onde a força de vontade contribui com a vida de outras pessoas.
Trabalho em crescimento
Autodidata e empreendedora, Sandra Maria idealiza os próprios estilos e formas para a montagem das caixarias. Há três anos ela desenvolve um trabalho dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.
O trabalho se estendeu e a arte em papel foi levada para dentro do Sistema Prisional de Roraima, onde mais de dez detentos confeccionam cestos, balaios, caminhas para cachorro, porta-canetas e outros artigos, para a comercialização no ponto de venda chamado 'Artes Sandra', localizado na Avenida Venezuela com Mário Homem de Melo.
"Fui visitar umas pessoas na penitenciária e alguns detentos produziam apenas um modelo. Então tive a ideia de trabalhar com eles. Nosso trabalho em parceria cresceu bastante. Eles confeccionam as peças brutas e eu finalizo com o acabamento de pintura e outras coisas utilizando instrumentos que não podem entrar na unidade prisional. É uma renda para essas famílias e quando eles saírem de lá é como um porto seguro", relatou.
Peças são produzidas pela artesã e por detentos
da penitenciária (Foto: Neidiana Oliveira/G1)
História de quem mudou de vidada penitenciária (Foto: Neidiana Oliveira/G1)
Com o tempo ocioso dentro da penitenciária, o detento Francisco viu na arte uma saída para melhorar a autoestima e garatir uma renda em um local, onde não se tem nenhum ganho. "Eu achava muito bonito trabalhar com este tipo de arte, então quando tive a oportunidade abracei e hoje isso faz diferença na minha vida", frisou.
O detento foi transferido para a Cadeia Pública de Boa Vista, onde cumpre pena em regime semiaberto. "Durante o dia trabalho com a produção das peças junto com a dona Sandra e à noite retorno à unidade prisional", explicou Francisco, lembrando que antes de ser artesão, o tempo no presídio parecia ser mais longo. "Não tínhamos o que fazer, ficávamos ociosos, mas depois passamos ocupar nossa mente e foi muito bom para melhorar a minha vida.
Artes em papel são idealizadas pela própria artesã (Foto: Neidiana Oliveira/G1)
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