MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Movimento de Mulheres Camponesas comemora 25 anos no Acre


1º Encontro Estadual de Mulheres Camponesas é realizado na capital.
Na ocasião, foi lançada campanha pelo fim da violência contra mulheres.

Rayssa Natani Do G1 AC

Camponesas Acre (Foto: Rayssa Natani/ G1)Mulheres Camponesas se reuníram na Federação dos Trabalhadores Rurais (Foto: Rayssa Natani/ G1)
Grupos de trabalhadoras rurais vindos de vários municípios, como Capixaba, Bujari e Sena Madureira, se reuniram com representantes do Governo do Acre, na Federação dos Trabalhadores Rurais do Acre (FETACRE) em Rio Branco, no Primeiro Encontro Estadual de Mulheres Camponesas, realizado nesta segunda-feira (25). Na ocasião, foi comemorado também os 25 anos do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC).
"São bravas guerreiras que vieram não apenas celebrar, mas pautar as suas demandas, que são demandas justas. Diante das quais, nós, enquanto governo, nos comprometemos de estarmos juntas na implementação", ressaltou a secretária de Políticas para Mulheres, Concita Maia.
Concita ressaltou o valor da categoria para o Acre durante esses 25 anos. "Estamos juntas para reafirmar a importância que essa categoria tem para a sociedade. Para outras mulheres e toda a população urbana. São elas que nos nutrem. São elas que cuidam da produção ambientalmente correta. Com toda a preocupação na qualidade dos alimentos que consumimos", destaca.
Para Maria Rosângela Saraiva, representante do Movimento de Mulheres Camponesas, o encontro é uma oportunidade de fortalecer a luta da mulher do campo. "Nós sabemos as dificuldades que enfrentamos. É um momento de resistência, do resgate histórico das nossas lutas", comenta.

Maria explica que a principal dificuldade enfrentada pela mulher camponesa atualmente se refere à violência. "Para nós, ainda é muito mais difícil do que para a mulher urbana. A camponesa sofre calada diversos tipos de violência. Porque nós não temos um vizinho próximo, para nos socorrer. Quem vai ouvir nossas dores, nossas angústias. Somos ameaçadas e temos que nos conformar com isso", lamenta.

Por conta disso, na oportunidade também foi dada inicio no Acre à campanha internacional “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. "Porque a mulher do campo ainda tem muito medo. Essa questão do machismo ainda predomina muito na zona rural.  Esse é o momento de a gente conscientizar essas mulheres dos direitos que a gente tem. Da lei Maria da Penha, que está aí para ser usada a nosso favor", finaliza Maria Rosângela.

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