MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Ideia simples produz economia gigantesca para empresa de ônibus


Para acabar com o desperdício, motorista de ônibus teve a ideia de levar a água do ar-condicionado para o reservatório do limpador de para-brisa.

Um motorista de ônibus do Espírito Santo teve uma ideia supersimples, mas de uma utilidade enorme. É um daqueles casos que fazem a gente se perguntar: como é que ninguém pensou nisso antes? E quem conta é o repórter Mário Bonella.
Para limpar o para-brisa, o ônibus leva 2,5 litros de água. É comum acabar no meio da viagem. Um transtorno.
“Toda a hora você parar para abastecer. ‘Oh, meu Deus, o que houve? Parou por quê? Tive que botar água no limpador. Não saiu abastecido? Saiu, mas só que acaba’. E de repente chega ao posto e não tem água”, afirma o motorista Douglas Lascosck.
A água que falta no para-brisa, sobra no ar-condicionado. Toda vez que ligava o aparelho, o motorista percebia que começava a pingar água do ônibus para o chão. Ela vem de dentro do motor, do contato do ar quente com a serpentina fria do ar-condicionado. Essa água era canalizada para fora do ônibus. Por que não aproveitá-la? Foi o desafio que o motorista levou para a oficina da empresa.
"A gente via essa água pingando, mas nunca acendeu aquela luzinha”, conta o eletricista Armando Ribeiro.
“Então a gente tinha que aproveitar essa água desperdiçada, porque realmente é muita água”, aponta o também eletricista Washington Martins.
São dois litros e meio de água por hora. Para acabar com o desperdício, eles bolaram uma esquema simples: emendaram um pedaço de PVC que passou a levar água do ar-condicionado para o reservatório do limpador de para-brisa. Ele nunca mais ficou seco.
“Graças a Deus hoje a gente faz uma viagem tranquila”, revela o motorista.
Também gerou economia de equipamento. Quando ficava sem água o limpador arranhava o vidro. Em média nessa empresa, era preciso trocar 12 vidros por mês.
Mesmo reaproveitando a água na limpeza do para-brisa, o desperdício continuava, porque ainda estava sobrando muita água do ar-condicionado. Onde mais ela poderia ser utilizada dentro do ônibus? Simples, no banheiro.
Eles fizeram o mesmo processo só que agora na traseira do ônibus. Antes, só dava para usar a descarga 30 vezes e tinha que parar o ônibus para encher o reservatório. Agora, sempre tem água. Simples e barato.
“Um custo médio de R$ 16 por veículo. É um preço muito pequeno perto dos benefícios que a gente tem”, avalia o gerente de operações André Cerqueira.
Somando toda a frota, com a mudança, a empresa está economizando mais de 1,5 milhão de litros de água.
“A ideia é tão boa para o desperdício de água, pensando no meio ambiente. Ninguém até hoje pensou nisso”, diz o eletricista Armando Ribeiro.
JORNAL NACIONAL

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