MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 2 de novembro de 2013

Cemitério desativado resiste à beira mar de praia de Japaratinga, em AL


Sepulturas chamam a atenção de quem trafega pela cidade de Japaratinga.
Com enterros proibidos há mais 16 anos, antigas covas resistem ao tempo.

Waldson Costa Do G1 AL

Os enterros estão proibidos há mais de uma decáda no antigo cemitério das Barreiras do Boqueirão, povoado que fica em Japaratinga, pequeno município do litoral norte de Alagoas que possui pouco mais de 7,7 mil habitantes. Localizado em um ponto privilegiado da cidade, à beira mar e diante de uma paisagem exuberante com areias brancas e um mar com água transparente e tonalidade esverdeada, o cemitério ainda conserva as antigas covas e sepulturas que resistem à ação do tempo e à variação das marés.
Sepultura resiste ao tempo no cemitério localizado à beira mar da praia de Japaratinga (Foto: Waldson Costa/G1)Sepultura resiste ao tempo no cemitério localizado à beira mar da praia de Japaratinga (Foto: Waldson Costa/G1)
Com a mudança de endereço do cemitério para outro ponto da cidade, distante do mar devido às exigências sanitárias, o local onde muitos moradores do município litorâneo foram enterrados serve hoje para dar suporte aos pescadores do lugar, que construíram na frente e entre os túmulos barracos para guardar o material de pesca e as jagandas.
"Hoje mais ninguém se enterra aqui. Está proibido. Só mesmo uma vez ou outra algumas famílias insistem em enterrar algum parente porque o pai, a mãe ou o avô pediu. São aquelas pessoas de idade que têm alguma relação com o lugar e fazem questão. E quando acontece, tem que ser enterrado na parte de trás, nunca aqui na frente perto da praia porque a prefeitura não deixa", diz o pescador Edmilson Santos, enquanto arruma o material de pesca em uma das barracas rústicas construídas à beira mar.

A informação da desativação do cemitério e proibição de novos sepultamentos no local é confirmada pelo secretário municipal de Obras e Infraestrutura de Japaratinga, Joilson Prazeres. Segundo ele, essa determinação existe há 16 anos. "Esse cemitério continua a existir porque ele é muito antigo. Quando o mar avançou e tomou grande parte dele os enterros foram proibidos e um novo local foi escolhido para receber os sepultamentos", diz.
Paredão de túmulos foram os poucos que sobraram após a ação do tempo e das marés (Foto: Waldson Costa/G1)Paredão de túmulos foi o pouco que sobrou após a ação do tempo e das marés. (Foto: Waldson Costa/G1)
Dentre as lápides das sepulturas que ainda permanecem no local as mais antigas registram datas da décadas de 1940 e as mais recentes da década de 1990, período que compreende a determinação que proibiu novos sepultamentos.

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