Heloisa Aruth Sturm | Agência Estado
Cerca de 300 pessoas participaram na noite desta quinta-feira, 01, de um protesto que começou na favela da Rocinha, em São Conrado (zona sul do Rio), e seguiu até a casa do governador Sérgio Cabral, no vizinho bairro do Leblon. Os ativistas reclamam do sumiço do pedreiro Amarildo Dias de Souza, que desapareceu depois de ser detido por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. Até as 23 horas de ontem a manifestação era pacífica.
Os ativistas seguiram caminhando da favela até as imediações da casa de Cabral, obrigando a interdição de vias como a Autoestrada Lagoa-Barra e causando congestionamento em toda a zona sul. O grupo não foi acompanhado por policiais. Quando chegaram às imediações da casa de Cabral, no Leblon, esses manifestantes eram aguardados por outros, inclusive cerca de 20 manifestantes que permanecem acampados no local desde a noite do último Domingo.
Ali havia policiamento, e os ativistas decidiram seguir a pé por ruas do Leblon. Às 23 horas o grupo reunia 150 pessoas, que voltavam à frente da casa do governador. Familiares de Amarildo participaram da manifestação, mas não seguiram até a casa de Cabral.
Antes de ir ao protesto, a sobrinha de Amarildo, Michelle Lacerda, esteve na sede do Ministério Público Estadual, acompanhada por outros familiares do pedreiro, para saber o andamento das investigações. Segundo ela, não foi dada nenhuma informação, porque o processo está sob sigilo. "Mas nos deram certeza de que uma resposta vamos ter, e estamos aqui lutando por isso", disse Michelle, já no protesto.
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