MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

'Desisti, queria viajar menos', afirma selecionado para o Mais Médicos no PI


Piauí receberá 23 médicos, que serão distribuídos em 20 cidades do estado.
Médico chegou a afirmar que pretendia trabalhar em outros municípios.

Gilcilene Araújo Do G1 PI

Guilherme Henrique Mendes é natural de Oeiras, localizada a 313 km de Teresina. Ele foi um dos profissionais selecionados para trabalhar no Piauí pelo Programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde. Apesar de Guilherme ter homologado a inscrição que confirma a sua participação, o médico decidiu que não irá trabalhar no local e comunicará a sua desistência ao Governo Federal.
“Eu moro em Teresina e trabalho na região Sul do Piauí. Tinha a intenção de exercer a medicina em cidades mais próximas da capital. Como não fiquei em nenhuma das primeiras opções que fiz, vou comunicar ao Ministério da Saúde minha desistência, pois pretendia viajar menos”, justificou.
A decisão de Guilherme não é um caso particular. Um levantamento do G1 com auxílio do Conselho Regional de Medicina do estado aponta que a maioria dos médicos piauienses selecionados para o primeiro ciclo de contratações do Mais Médicos não confirma interesse em trabalhar nos municípios que aderiram ao programa.
Entre as justificativas apresentadas para desistir da homologação da inscrição, os selecionados afirmam que não foram destinados para as cidades que desejavam, além de manter compromissos com o Programa Saúde da Família fora do município destinado pelo Programa Mais Médicos.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Piauí receberá 23 médicos, que serão distribuídos em 20 cidades. Teresina, Miguel Alves e Parnaíba receberão o maior número, dois cada. Os outros municípios ficaram com um profissional cada.

O Piauí é 11º estado do Brasil que mais vai receber profissionais da primeira rodada do Programa Mais Médicos. De acordo com Ministério da Saúde, 166 cidades piauienses aderiram ao programa e há uma necessidade de 395 médicos. Mas o resultado passou longe de acompanhar o número de adesões no estado, que chega apenas a 12% do total de inscrições.

A cidade de Corrente, a 874 quilômetros da capital, é um exemplo que ficou de fora da primeira chamada. Segundo o secretário municipal de saúde, Edvaldo Cavalcante, no município há apenas 12 médicos para atender uma população de 25.574 habitantes. Em fevereiro deste ano, o prefeito de Corrente fez um apelo nas redes sociais para contratar médicos. A prefeitura paga um salário mensal de R$ 8.500.

“Não temos condições de atender toda a população, somos apenas nove médicos no Programa Saúde da Família e três profissionais que atendem no Núcleo de Assistência à Família. Esperamos que na segunda chamada tenha algum médico se deslocado para trabalhar em nossa cidade”, disse Edvaldo Cavalcante.

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