Com o início do banco de dados dos bons pagadores, a expectativa é que as taxas de juros fiquem menores para quem paga suas contas em dia
Cadastro positivo deve beneficiar aqueles que controlam a vida financeira
(Jupiterimages/Thinkstock)
A expectativa é que esses bons pagadores encontrem taxa de juros mais atrativas na hora de fechar um empréstimo. Com o cadastro positivo, a tendência é que os juros sejam diferentes para quem sempre paga as contas em dia - incluindo as de luz, água e gás - de quem atrasa o pagamento. Seria um prêmio justo para quem anda na linha e não descuida da vida financeira.
Mas, para que essa previsão se confirme, o cadastro positivo precisa de tempo para formar, justamente, um histórico. Segundo especialistas, esse prazo é de, no mínimo, dois anos.
Enquanto isso, segue o sistema atual, considerado injusto por muitos por ter como base os devedores - o que encarece a taxa a ser paga por quem procura um empréstimo. Atualmente, lojistas, bancos e financeiras acessam os dados do SPC e da Serasa, que informam se a pessoa é ou não um mau pagador - é a chamada lista negra ou cadastro negativo.
Nesse cadastro negativo, basta atrasar o pagamento de suas contas para correr o risco de ser inscrito na lista de maus pagadores. Não depende da sua autorização. Já no cadastro positivo, a adesão é facultativa. Somente os clientes que autorizarem o uso de suas informações terão os dados financeiros armazenados nesse banco de dados
Histórico - O cadastro positivo foi sancionado pela presidente Dilma em 2011 e publicado no Diário Oficial no ano seguinte para beneficiar bons pagadores por serem adimplentes. "É importante que as pessoas saibam que existe isso, porque tende a beneficiar os bons pagadores, que podem ter acesso a taxas melhores", disse Sérgio Odilon dos Anjos, chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC. "Em um primeiro momento, não será um banco de dados tão rico, mas, em um segundo momento, esperamos que todo mundo veja isso como algo benéfico e autorize a colocação das informações no banco de dados."
Odilon dos Anjos reforçou que os bancos que não estiverem aptos a fornecer informações ao cadastro positivo a partir da próxima semana ficarão sujeitos a penalidades.
A exceção são as administradoras de consórcio, que terão até 1º de junho de 2014 para iniciar o fornecimento de informações para o banco de dados. O novo prazo foi fixado em 25 de julho pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
(Com Estadão Conteúdo) VEJA.COM
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