MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 1 de março de 2013

Proximidade da Semana Santa encarece pescados

Luan Santos A TARDE

  • Marco Aurélio Martins | Ag. A TARDE
    Faustino, otimista com a proximidade da Semana Santa
Mesmo faltando ainda quase um mês para a Semana Santa, comerciantes disseram que o preço dos pescados já começou a subir. "O preço está realmente um pouco salgado, o que afasta o consumidor. O fornecedor aumenta o preço e nós temos que aumentar também", comentou o comerciante do Mercado do Peixe, na Cidade Baixa, Antônio Correia, 73.
Durante a Semana Santa, de acordo com a experiência de comerciantes ouvidos nesta quinta-feira, 28, por A TARDE, o preço dos pescados costuma aumentar em torno de 20%. Para Correia, uma maneira de melhorar as vendas seria tabelar o preço dos pescados. "Hoje, cada um tem um preço e acaba que alguns vendem muito e outros pouco. Com um preço único, seria bom para todos", defendeu.
Trabalhando há mais de 30 anos no Mercado do Peixe, o comerciante Antônio Faustino, 66, está otimista com a proximidade da Semana Santa: "Este ano estamos com a expectativa de vender mais do que no ano passado".
Tradição - A química Bárbara Guerreiro, 55, foi, nesta quinta, à Feira de São Joaquim, também na Cidade Baixa, para comprar pescados para comer na sexta. Ela é uma das católicas que seguem a tradição popular de não comer carne às quartas e sextas-feiras na Quaresma. "Faço isso desde criança, pois meu pai era muito religioso. Hoje, meus filhos não seguem, mas eu mantenho a tradição", disse Bárbara.
Mesmo com a tradição na Quaresma, comerciantes da Feira de São Joaquim e da Colônia de Pesca Z1 (Rio Vermelho) disseram que o movimento de procura dos pescados ainda é pequeno. Muitos acreditam que as vendas tendem a crescer com a proximidade da Semana Santa.
Entre os peixes mais procurados estão o dourado, pescado, vermelho e curvina. Destes, os mais caros são os dois primeiros, que custam, em média, R$ 17 por quilo. O vermelho está sendo vendido, em média, a R$ 16, e a curvina a R$ 10. O camarão custa, em média, R$ 25.
A especialista em educação Lúcia Régis, 60, também segue a tradição: "Desde que eu nasci seguimos o ritual. Toda semana, neste período, estou aqui fazendo compras", revelou ela, que foi à Colônia Z1.
O padre Manoel Filho declarou que essa tradição é de raiz popular. "A Igreja prescreve a abstinência de carne às sextas-feiras da Quaresma, mas não pede para que as pessoas comam peixe", esclareceu o religioso.
Ele acrescentou, ainda, que a introdução da abstinência às quartas-feiras também não é pregada pela Igreja: "Durante a Quarta-feira de Cinzas, é prescrito que as pessoas façam jejum e não comam carne. Talvez a abstinência à carne nas quartas da Quaresma tenha partido daí".
A aposentada Maria Antônia Alves não gostou dos preços do mercado. "Está muito mais caro do que no ano passado. Se agora já está assim, imagine quando chegar a Semana Santa", reclamou a consumidora.

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