Parlamentares alegam na ação que Renan Calheiros agiu com “ilegalidade e abuso de poder” por não ter concedido mais 30 dias para a análise do texto
Marcela Mattos, de Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), durante a sessão de votação do veto à Lei de Royalties
(Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Os parlamentares afirmam que Calheiros agiu com “ilegalidade e abuso de poder” na sessão que se estendeu durante a madrugada desta quinta-feira. Segundo os parlamentares, devido aos adendos que a presidente Dilma Rousseff fez ao texto na terça, o senador deveria ter concedido mais 30 dias para a análise da matéria. “O presidente do Congresso não tem poderes para pautar a matéria sem a devida observância dos ditames constitucionais”, afirmam.
Nesta quinta-feira, porém, o presidente do Senado se defendeu e afirmou que o regimento foi cumprido integralmente. Ele comentou ainda outra reclamação dos parlamentares em relação à limitação do tempo de discursos, fixado em cinco minutos para cada pronunciamento. “A legislação prevê um limite de até 20 minutos. Não significa que tem de usar todo o tempo”, disse o senador.
Os parlamentares pedem que a Suprema Corte conceda uma liminar suspendendo a votação e ainda que seja instalada uma comissão especial para avaliar as alterações de última hora feitas pela Presidência da República.
A tumultuada votação de quinta-feira decidiu pela derrubada dos vetos de Dilma Rousseff. Com a mudança, a nova divisão dos recursos do pré-sal valerá também para os campos já licitados, o que diminui a porcentagem dos estados produtores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário