Segundo unidade de saúde, serviço será interrompido por falta de recursos.
Médico diz que má remuneração faz pediatras mudarem de especialidade.
Outras unidades de saúde também tiveram dificuldade para prestar o serviço. O Hospital Felício Rocho suspendeu as atividades do pronto atendimento infantil há dois anos. De acordo com o chefe da pediatria do hospital, Jurandir Fabel, as taxas hospitalares e os honorários médicos pagos pelos planos de saúde são muito baixos e, por isso, muitos médicos preferem trocar de especialidade.
No período de março a julho, quando há pico de atendimentos em função do aumento na incidência de doenças respiratórios, a redução na rede pode aumentar as filas nas unidades onde o serviço ainda é realizado.
Um dos poucos locais no qual o pronto-atendimento é mantido é o Hospital São Camilo. Nos últimos oito anos, a procura pelo serviço de pediatria da unidade aumentou 80%, segundo a direção. Neste período, o reforço no quadro de profissionais e a compra de novos equipamentos foram necessários.
A Associação Brasileira de Medicina de Grupo regional Minas Gerais (Abramge) informou que se esforça para melhorar o atendimento pediátrico na rede conveniada, mas não quis comentar acerca da remuneração paga aos hospitais e aos médicos.
De acordo com a Unimed, que não é associada à Abramge, a empresa trabalha para reforçar a oferta de atendimento de urgência e emergência, e ainda ressalta que investe R$ 120 milhões por ano em reajustes na remuneração das unidades e dos profissionais credenciados no estado.
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