MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 2 de março de 2013

Governo dará incentivo a 'carro verde'



GABRIEL BALDOCCHI
FOLHA DE SÃO PAULO
O governo fará uma correção nas regras do regime automotivo para incluir os veículos elétricos e híbridos na nova política industrial.
O programa passou a valer neste ano e tem vigência até 2017. Ele prevê benefícios ficais para quem atingir as exigências estipuladas pelo governo.
Entre as obrigações--que vão de investimento em pesquisa a um mínimo de peças nacionais--um dos maiores desafios, na visão das montadoras, é o de atingir a meta de melhorar em 12% a eficiência dos carros até 2017.
Como a conta é feita para a média de todo o portfólio da marca, veículos elétricos e híbridos, de consumo inferior, poderiam ajudar montadoras que têm o modelo a alcançar a meta.

Edson Silva/Folhapress
O aposentado Sergio Pesse no carro híbrido Prius, da Toyota
O aposentado Sergio Pesse, no carro híbrido Prius, da Toyota
O texto inicial do regime, contudo, não previa a participação desses modelos.
Heloísa Menezes, secretária de desenvolvimento da produção do Mdic (Ministério do Desenvolvimento), disse à Folha  que eles ficaram de fora devido à complexidade do tema.
"São bichos diferentes e precisam de uma dieta especial", afirmou na época.
Segundo a Folha apurou, a correção será incluída em um decreto com especificações técnicas do regime a ser publicado nos próximos dias.
O governo estuda ainda dar um peso maior para a categoria na conta, como já é feito em países desenvolvidos-- um elétrico, por exemplo, contaria por três.
Para a indústria, as medida são bem-vindas, mas insuficiente para viabilizar a categoria. "Nos outros mercados, conta muito porque já tem um volume razoável. A ideia é boa, mas você precisa criar um mínimo de mercado", afirma o vice-presidente da Ford, Rogelio Golfarb.
CRIAR MERCADO
A Ford, assim como as outras, acredita que a criação do mercado será possível quando o governo criar uma classificação tributária específica para a categoria.
Hoje, os veículos elétricos pagam 25% de IPI e os híbridos são tributados de acordo com a motorização, em geral acima de 13%.
Os grupos também pedem um alívio no imposto de importação, de 35%, como um caminho para viabilizar a produção nacional no futuro.
Com essas medidas, em estudo pelo governo, o Fusion, híbrido da Ford, passaria a custar 5% a mais que o normal e não 30% como hoje, estima Golfarb. O Prius, recém-chegado híbrido da Toyota, teria uma redução de R$ 30 mil, o que poderia elevar a estimativa de vendas de 100 para 500 unidades/mês.
No debate sobre políticas para categoria, governo e montadoras começam convergir em um ponto: incluir o etanol nas novas tecnologias.
O caminho natural seria um híbrido a etanol, como sugere Bruno Jorge, da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial).
Sem o alívio tributário ainda, Ford e Toyota contam hoje com o que consideram uma demanda "espontânea"por seus modelos, de consumidores como o aposentado Sérgio Pesse, que conheceu o modelo em pesquisas na internet.
"Comprei mesmo assim [sem incentivos] porque eu quero conhecer o carro", diz.

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