Diversidade garante vantagem na hora de enfrentar oscilações do mercado.
Colheita de 14 tipos de laranja dura o ano todo.
A laranja pêra que continua no pé era para ter sido colhida no final do ano passado, mas, assim como para outros produtores, não foi uma safra fácil. “Com esse problema das indústrias pagarem R$ 6 pela caixa de laranja de suco, a gente não teve como vender antes e foi colhendo um pouco por dia", conta.
Com a diversidade, agora a produção na fazenda dura o ano todo, o que garante uma vantagem na hora de enfrentar as oscilações do mercado. São 14 tipos de laranja e tangerina, entre elas, a lima, a bahia, a murcote e a lima da pérsia, apreciada pelas propriedades diuréticas e por auxiliar na digestão.
“A gente não fica na mão da indústria e você tendo outras variedades, com esses nichos de mercado, temos como nos salvar”, conta Juliano.
Dos 240 trabalhadores da fazenda, cerca de 150 trabalham no pós-colheita. No parque de processamento, as frutas percorrem até 200 metros nas esteiras, onde são separadas, limpas, recebem cera de carnaúba e são contadas e pesadas uma a uma.
Por dia, de 10 a 12 caminhões seguem para a Ceagesp de São Paulo. Outra parte da produção é armazenada em oito câmaras frias, que juntas, têm capacidade para 44 mil caixas. A mercadoria pode ficar até 60 dias à espera do melhor momento para comercialização.
“A diversificação ajuda numa época de crise porque se fosse só a laranja pêra, além de barata não vende porque todo mundo quer vender o mesmo produto”, explica o citricultor.
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