MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 3 de março de 2013

Barracas são excluídas de reforma da orla

Franco Adailton A TARDE

  • Dorivan Marinho | Ag. A TARDE
    A praia de Jardim de Alah está na lista das localidades que passará por melhorias
Pouco mais de dois anos após a derrubada de 600 barracas de praia, estes equipamentos ficaram de fora do "pacote" anunciado pela prefeitura para requalificar os seguintes pontos da orla: Barra, Rio Vermelho, Jardim de Alah, Armação, Boca do Rio, Penha, Ribeira, São Tomé de Paripe e Tubarão.
Segundo o titular da Casa Civil do Município, Albérico Mascarenhas, o modelo que irá substituir as barracas segue indefinido porque aguarda uma definição da 13ª Vara Federal, presidida pelo juiz Carlos D'Ávila, sobre o formato das estruturas para a borda marítima da capital.
"O secretário José Carlos Aleluia (Urbanismo e Transportes) já se reuniu com o juiz. Assim que tivermos uma posição, vamos estudar quais modelos se adequam à nossa realidade e estarão em conformidade com a determinação da Justiça", disse o chefe da Casa Civil.
A diretora da secretaria da 13ª Vara, Heica Amorim, confirma a reunião, mas afirma desconhecer o teor do encontro. Ela diz que o processo se encontra na secretaria e, tão logo o projeto municipal seja apresentado,  será submetido à avaliação de uma comissão.
"Queremos a inclusão dos barraqueiros nas reuniões, para podermos trabalhar juntos e chegarmos a uma solução", cobrou o presidente da Associação dos Barraqueiros da Orla Marítima de Salvador, Alan Rebelato.
Segundo afirmou Mascarenhas, as conversas com os barraqueiros de praia não foram iniciadas ainda porque "não adianta negociar sem uma posição definitiva da Justiça".
Depreciação - Banheiros sujos, chuveiros sem água, calçadas danificadas, iluminação precária, escadas quebradas, mirantes abandonados e obras embargadas compõem o atual estado da orla.
Em primeira visita à capital baiana,  a estudante goiana Larissa Paiva, 22, estranhou a falta de estrutura na Praia de Jardim de Alah, onde tomava banho de sol na manhã da última segunda-feira.
"Senti falta de serviços como barracas, sanitários e chuveiros, para tirar a água salgada do corpo", observou a estudante  depois de comprar uma garrafa de água mineral para lavar os pés.
Morador da capital há nove anos, o médico mineiro Eduardo Portilho, 38, conhece vários trechos da orla de Salvador  por conta da prática de corrida e ciclismo nas praias soteropolitanas.
"Há pouca ou quase nenhuma estrutura para a prática desses esportes na cidade, o que resulta na falta de segurança para os praticantes", analisou o frequentador do Jardim dos Namorados.
Local utilizado para a realização de shows a céu aberto, esse trecho da orla ainda não está incluído no plano de melhorias previstas para parte do litoral de Salvador.
Nessa região, os três banheiros públicos estão depredados, pias, torneiras e vasos sanitários foram arrancados, além de ser utilizados para consumo de drogas.
Investimento - Para sanar o estado de degradação de alguns trechos da borda litorânea de Salvador, a prefeitura prevê investimentos da ordem de, pelo menos, R$ 20 milhões, conforme estimativa de Mascarenhas.
As mudanças envolvem a recuperação e ampliação de passeios, pista de cooper, ciclovias, melhorias na iluminação, pavimentação asfáltica e reformas de equipamentos esportivos. À exceção do projeto do Parque Boca do Rio (com obras em andamento desde  meados de novembro), as demais intervenções ainda dependem da resolução de trâmites burocráticos.
Segundo o secretário, falta ajustar o detalhamento das obras, abertura de licitações e fechamento (ou não ) de parcerias com a iniciativa privada nos pontos que serão beneficiados com as reformas.
Partes dos processos devem ser resolvidas já na próxima semana. "Como o projeto do Rio Vermelho, cujo orçamento ainda não está definido", explica o secretário.
Até abril, continua Mascarenhas, devem ser feitas a licitação para São Tomé de Paripe, o orçamento para a Penha e a apresentação do projeto da Barra para a Caixa Econômica Federal e o Ministério do Turismo.

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