JORNAL A REGIÃO
Segundo o IBGE, a inflação está sob controle e os preços estáveis. Mas a realidade desmente os dados oficiais. No primeiro bimestre deste ano, o preço da cesta básica já acumula alta de 6,93% em Itabuna, o dobro da inflação oficial. Ela subiu 4,15% em janeiro e 2,78% em fevereiro, chegando a R$ 579.
Quem frequenta os supermercados, mercados de bairro e feiras viu que no mês passado nove dos doze alimentos da cesta básica subiram de preço. A farinha puxou a fila dos aumentos, com alta de 9,43%. Depois, vieram o leite, feijão, café, tomate, açúcar, arroz e carne.
Com a disparada de 5,21% em fevereiro, o preço da cesta básica em Ilhéus subiu 5,35% em 2024 e bateu R$ 576. No último mês, a banana teve uma alta de 23%. Arroz, leite, farinha, carne, pão, açúcar, tomate e café também ficaram mais caros. Em contrapartida, manteiga, feijão e óleo registraram queda.
Nas duas cidades, considerando o poder aquisitivo de quem recebe salário-mínimo, foram necessárias 97 horas de trabalho para comprar a cesta básica para uma família formada por quatro pessoas. Todos os dados são do Departamento de Economia da Uesc, que monitora o custo da alimentação em Itabuna e Ilhéus.
O Governo Federal anunciou que vai mudar os ítens da cesta básica, considerando várias alternativas para cada grupo de alimentos. Na prática, será impossível acompanhar o custo da cesta, já que ela poderá ter dezenas de produtos diferentes a depender de cada lugar. Talvez seja esta a intenção.
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