MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 13 de setembro de 2022

TSE nega haver acordo e gera mal-estar com Defesa, que manterá a amostragem dos votos

 



Entenda por que as urnas eletrônicas são confiáveis e podem ser auditadas | A Gazeta

A urna imprime o resultado e qualquer pessoa pode acessar…

Cézar Feitoza e Mateus Vargas
Folha

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negou nesta segunda-feira (12) que tenha feito acordo com as Forças Armadas para facilitar o envio de dados compilados públicos sobre a totalização de votos das eleições de outubro. A reação gerou mal-estar entre militares, que reservadamente dizem terem recebido a promessa do presidente do tribunal, Alexandre de Moraes, em reunião feita no último dia 31.

No mesmo dia em que disse não ter feito o acordo, Moraes suspendeu um novo encontro com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. Havia expectativa de integrantes do TSE e das Forças Armadas de que Nogueira fosse recebido nesta terça-feira (13) para conversar sobre os pedidos dos militares para as eleições.

APENAS CONFERIR – As Forças Armadas planejam acompanhar etapas da totalização e apuração dos votos. A ideia é enviar militares para tirarem fotos de 385 boletins de urna que são colados nas portas das seções eleitorais. Em paralelo, conferir se os dados são os mesmos que chegam ao TSE para a soma dos votos.

Os militares mantêm esse plano mesmo após o tribunal negar o acordo para receber os dados brutos de forma facilitada. Na leitura de militares que acompanham as discussões, o encontro foi adiado como parte da reação do tribunal para rechaçar o discurso de que o ministro teria cedido aos pedidos da Defesa.

Procurado, o TSE não se manifestou sobre a suspensão da reunião. A agenda da semana de Moraes foi divulgada nesta segunda sem previsão de encontro com a Defesa.

DISSE BOLSONARO – “Amanhã espero que seja a última reunião do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, com o ministro Alexandre de Moraes. Onde, obviamente conversei com a Defesa, não posso negar isso daí, como ele deve se comportar neste momento. Eu espero que tudo seja acertado lá”, disse Bolsonaro nesta segunda-feira (12), em fala transmitida pela CNN Brasil.

Em nota, o tribunal disse que não houve qualquer acordo com os militares ou entidades fiscalizadoras para “permitir acesso diferenciado em tempo real aos dados enviados para a totalização”.

Militares que acompanham as discussões com o TSE manifestaram à Folha receio de que Moraes, agora, também recuse a principal proposta das Forças Armadas para as eleições deste ano, que é a reformulação de parte do teste de integridade das urnas eletrônicas.

DOIS ENCONTROS – Moraes recebeu duas vezes o ministro da Defesa desde que tomou posse. O último encontro ocorreu em 31 de agosto, quando o presidente do TSE disse que iria avaliar a possibilidade de aceitar o pedido dos militares sobre a auditoria da urna.

Dois militares e um integrante do tribunal com conhecimento do que foi discutido na reunião afirmaram à Folha que as Forças Armadas também pediram ao TSE que disponibilizasse os dados compilados da totalização às entidades fiscalizadoras.

Trata-se dos dados que são disponibilizados pelo TSE em seu site durante a contagem dos votos. Os militares pediram o acesso direto para facilitar o acompanhamento dessa parte do processo eleitoral, sem ter de buscar os dados na Internet. Segundo os três interlocutores, Moraes concordou em autorizar o envio dos dados compilados. Mas em nota divulgada na manhã desta segunda-feira o TSE negou que tenha ocorrido esse acerto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário