A Toyota fechará a fábrica que possui em São Petersburgo, Rússia, por conta da escassez de semicondutores e também devido às sanções impostas ao país.
A montadora japonesa planeja vender seus ativos na Rússia, já que a planta não produz desde março, quando EUA, União Europeia e seus aliados, incluindo o Japão, impuseram sanções contra o país.
Com a Guerra na Ucrânia, a Rússia se tornou um lugar insustentável para fabricantes americanos, europeus e japoneses, dada a impossibilidade de importar peças, bem como de receber ou enviar dinheiro.
Sem importação desde o início da invasão russa à Ucrânia, a Toyota só obteve prejuízo na operação que, no entanto, manteve a linha de produção pronta para retomada quando as condições fossem propícias.
Todavia, agora a Toyota não tem perspectiva de retomar a produção na Rússia e por isso, a fábrica será colocada à venda.
Um porta-voz da Toyota Europe, disse: “Se vendida, a fábrica não construirá versões rebatizadas do Camry e do RAV4”.
Isso indica que a Toyota não fará nenhum tipo de acordo que mantenha peças e componentes desses dois modelos em produção.
Na Rússia, a Toyota tem 2.350 funcionários, sendo 450 em Moscou na administração da operação.
A Toyota revelou ainda: “Acreditamos que cerca de 2.000 pessoas deixarão a Toyota na Rússia”.
Apesar das demissões, a Toyota manterá um quadro para importação e distribuição de peças para atender seus clientes no país.
Com queda de 97% em agosto, a Toyota vendeu apenas 221 carros no mercado russo, onde a planta de São Petersburgo tem capacidade de produção anual de 100.000 unidades.
Em 2021, a Toyota produziu pouco mais de 80 mil carros na Rússia, sendo um dos players estrangeiros com menor volume de produção.
Além da Toyota, Volkswagen e Nissan também encerraram a produção na Rússia, onde a Renault saiu oficialmente após fechar a fábrica de Moscou e se retirar do controle da AvtoVAZ.
[Fonte: Reuters]
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