O religioso entrou na disputa no lugar de Roberto Jefferson (PTB) que teve a candidatura impugnada pelo TSE
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Por Henrique Brinco
Um candidato curioso tem chamado a atenção no horário eleitoral para a Presidência da República: o Padre Kelmon (PTB), de 45 anos de idade. O religioso entrou na disputa no lugar de Roberto Jefferson (PTB) que teve a candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na configuração original da chapa, Kelmon era o vice de Jefferson. Agora, o Pastor Gamonal foi indicado como o novo candidato a vice. O plano de governo alinhado ao bolsonarismo, no entanto, não sofreu alterações.
O postulante, que é baiano e nascido em Acajutiba, tem propostas polêmicas. O documento intitulado "Direita, graças a Deus" propõe a redução do papel do Estado e a convocação de Assembleia Constituinte para realização de uma reforma estrutural.
Ele também é signatário da carta intitulada "Pacto Pela Vida", que pede o compromisso dos candidatos contra o aborto. "Conclamamos a todos os candidatos que se assumem cristãos, ou dizem representar os cristãos nestas eleições de 2022, a assinarem e comprometerem-se integralmente com o 'Pacto pela Vida', cuja premissa única é o respeito ao mandamento divino não matarás, assumindo de forma clara e inequívoca a posição contra aborto, que em essência trata-se do assassinato da vida humana, indefesa, ainda ano útero materno", diz a carta.
Recentemente, ele também declarou que é "importantíssimo" misturar política e religião. "O padre e o pastor devem participar da vida política e entender de assuntos que vão conduzir a sua própria vida, ou seja, nós vamos eleger deputados federais, estaduais, senadores. Homens que vão escrever leis, que vão fazer leis que vão conduzir os passos de cada cidadão. Eu preciso participar disso, o povo precisa conhecer aqueles que serão responsáveis pela sua própria vida. Então, é importantíssimo que o fiel, o padre e o pastor também participem disso."
A candidatura visa ainda criminalizar a "cristofobia", e é contra a legalização do cultivo e da venda da maconha, além de se colocar a favor do agravamento da pena para o crime de abuso contra menores.
A chapa de Roberto Jefferson foi impugnada pelo Ministério Público
Eleitoral, que apontou a inelegibilidade dele em razão de sua condenação
a sete anos de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro,
no caso do mensalão, em 2013. O caso o enquadra na Lei da Ficha Limpa.
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