MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Lira quer punir institutos de pesquisa por 'erro ou desserviço' em resultados

 


"Não podemos permitir que haja manipulações de resultados em pesquisas eleitorais. Isso fere a democracia", afirmou Lira.


Tribuna da Bahia, Salvador
23/09/2022 06:00
42 minutos
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Na manhã de ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), aliado do presidente Jair Bolsonaro, defendeu punições para institutos de pesquisas que "erram demasiado ou intencionalmente para prejudicar qualquer candidatura". A manifestação ocorreu no perfil do Twitter do político. 

Bolsonaro vem questionando as pesquisas de intenção de votos. Em Londres, o presidente voltou a dizer que não acredita nos dados divulgados. "Eu digo: se eu tiver menos de 60% dos votos, algo de anormal aconteceu no TSE, tendo em vista obviamente o 'Datapovo' que você mede pela quantidade de pessoas que não só vão nos meus eventos bem como nos recepcionam ao longo do percurso até chegar ao local do evento". 

Em suas redes sociais, Lira afirmou que não há justificativas para as grandes divergências apresentadas em pesquisa de intenção de votos de diferentes institutos. "Não podemos permitir que haja manipulações de resultados em pesquisas eleitorais. Isso fere a democracia", afirmou Lira.

A crítica do deputado ocorre um dia depois de um pesquisador do Datafolha ser agredido com socos e pontapés por um bolsonarista, na tarde de terça-feira, 20, em Ariranha, cidade de 9,8 mil habitantes, na região norte do Estado de São Paulo. 

O profissional do instituto entrevistava um morador local quando um homem, identificado como Rafael Bianchini, se aproximou e, aos gritos, passou a exigir que também fosse ouvido na pesquisa. "Só pega Lula e vagabundo", disse o agressor, no meio da rua. 

Pelo Twitter, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se solidarizou com o funcionário agredido e chamou a agressão de "mais um ato suspeito de violência política". 

Voto útil - Pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira, 21, mostrou que 26% dos eleitores aceitam mudar de voto para eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno, enquanto 64% rejeitam fazê-lo. Embora os que descartam migrar para o petista sejam maioria, o dado já representa um trunfo à a campanha do ex-presidente, uma vez que, se confirmado, amplia a margem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Lula, que almeja sair vitorioso já na primeira rodada de votação e trabalha para atrair apoios ao que vem sendo chamado de "voto útil", precisa da adição de poucos pontos para ter êxito. O Média Estadão Dados, agregador de pesquisas do Estadão, mostra Lula com 50% dos votos válidos. Para vencer em primeiro turno, é preciso ter maioria absoluta, ou seja, 50% mais um. 

Aliados do candidato do PT fazem pressão para que eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) desistam de sua primeira opção de voto e apertem 13 nas urnas, de modo a evitar que o presidente Jair Bolsonaro (PL) vá ao segundo turno contra o petista e, assim, tenha mais tempo de campanha. 

Segundo o levantamento, 24% dos eleitores de Tebet admitem deixar de votar na senadora para ajudar o ex-presidente, enquanto 72% negam. Entre os que preferem Ciro Gomes, 33% dizem que migrariam para o candidato petista no primeiro turno; 63%, não. 

Contudo, a pesquisa mostra que, a despeito da campanha pelo "voto útil" em Lula, vem crescendo a taxa de convicção dos eleitores de Ciro Gomes. Nesta rodada, 47% dos eleitores do ex-governador dizem que seu voto é definitivo e não deve mudar; na semana passada, eram 42%; no início do mês, eram 35%. Ainda são maioria os que afirmam que podem mudar de voto, 51%. 

Os que pretendem votar na senadora de Mato Grosso do Sul têm índice inferior de convicção. A maioria (56%) diz que ainda pode mudar de ideia até 2 de outubro, enquanto 44% alegam que Tebet é sua escolha definitiva. 

Fonte: Agência Estado

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