Levy Guimarães
O Tempo
O candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, classificou como “baboseiras” a militância de grupos nas pautas chamadas identitárias, ligadas à raça, etnia, gênero, orientação sexual, entre outras. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (5), Ciro foi questionado sobre o resultado do plebiscito do Chile que, com 61,9% dos votos, rechaçou a proposta de Constituição para o país.
“Fizeram a Constituição cheia de peculiaridades identitárias, uma série de baboseiras desse esquerdismo que vem dos Estados Unidos para substituir a falta de compromisso popular verdadeiro das esquerdas, tipo o PT no Brasil”, disse.
DE FORMA ERRADA – Em seguida, o pedetista afirmou ser “solidário” com as questões identitárias e ter “compromisso real em empoderar as mulheres”, mas criticou a forma como esses temas são abordados por parte da esquerda brasileira.
“Eu vou falar de negro, de mulher, vou falar de meio ambiente, como se fossem assuntos separados e eu não falo mais da superação da miséria, na desigualdade, na proporção justa dos negros, das mulheres, que de fato, sofrem dobrado em uma sociedade machista e racista como a nossa, por exemplo?”, indagou.
“A baboseira é você achar que a hiperfragmentação de uma agenda da sociedade vai dar na superação da miséria e da desigualdade”, completou.
SEM LINGUAGEM NEUTRA – Ciro ainda se posicionou contra a adoção da linguagem neutra, que evita a utilização de pronomes masculinos e femininos. “Tenha santa paciência. Pode ser que eu esteja ficando velho, mas isso só nos divide”.
No mesmo programa, Ciro Gomes voltou a criticar a postura do ex-presidente Lula (PT) no primeiro debate entre os candidatos ao Palácio do Planalto, na Band, no dia 28 de agosto.
“Eu conheço o Lula há quase 40 anos. Nunca vi o Lula tão enfraquecido, tão debilitado psicologicamente. Ele não conseguiu se defender de um ataque de corrupção do Bolsonaro”.
FRAQUEZA DE LULA – Esta é a terceira vez que Ciro questiona o estado de saúde física ou psicológica do petista. Na semana passada, também disse que vê uma ‘debilidade e fraqueza psicológica’ no adversário.
Antes, apagou um tweet recém-publicado dizendo, em letras maiúsculas: “será que não entendem que Lula está cada dia mais fraco – fisicamente, psicologicamente e teoricamente – para enfrentar a direita sanguinária?”.
E agora, na entrevista ao Pânico, Ciro descartou um apoio a Lula em um eventual segundo turno do petista contra o presidente Jair Bolsonaro (PL): “Nem a pau, Juvenal”, brincou.
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