MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 17 de setembro de 2022

“Adversários não são inimigos”, diz Alexandre de Moraes, lamentando a violência política

 



 (crédito: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)

Moraes lamentou as ofensas á jornalista Vera Magalhães

Raphael Felice e Victor Correia
Correio Braziliense

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, lamentou a escalada da violência política. Em discurso na abertura da sessão de julgamentos, o ministro afirmou que “estamos vendo alguns acontecimentos, lamentáveis mesmo, de violência, seja violência física, como ocorreu entre eleitores, seja de violência verbal”.

E acrescentou: “Tivemos a oportunidade de ver recentemente um deputado estadual agredir uma jornalista, o que está fora dos padrões da civilidade”, acrescentou.

VERA MAGALHÃES – Moraes fez referência à jornalista Vera Magalhães, hostilizada pelo deputado bolsonarista Douglas Garcia (Republicanos), após debate com candidatos ao governo de São Paulo, na terça-feira. No dia seguinte, o magistrado determinou que a Procuradoria-Geral Eleitoral do estado investigue o caso.

“Adversários não são inimigos. Adversários devem se respeitar e jogar a regra do jogo, que, no caso eleitoral, é a legislação eleitoral e a Constituição. É um momento importante para que consigamos chegar ao dia 2 de outubro com serenidade e tranquilidade”, destacou o ministro.

O TSE acompanha os casos de violência e tomou medidas para tentar coibir os ataques neste período de campanha. Uma delas foi a criação, em 1º de setembro, de um Núcleo de Inteligência específico para o tema, em parceria com o Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares (CNCG). O grupo atuou, por exemplo, na monitoração dos atos do 7 de Setembro.

ADEUS ÀS ARMAS – Além disso, na semana passada, a Corte baixou uma resolução impedindo que cidadãos que não estejam a serviço da Justiça Eleitoral, mesmo os que integram as forças de segurança, portem armas de fogo a menos de 100 metros das seções eleitorais.

Membros do TSE também realizam uma série de reuniões com partidos, ONGs e outras organizações abordando o tema. Os 10 partidos que compõem a chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediram à Corte, nesta semana, mais medidas para prevenir a violência.

No documento, a Coligação Brasil da Esperança defende que os ataques têm “ultrapassado características de gênero e incorrido sobre os mais singelos atos, como declarar posicionamento político, autoproclamar apoiador de determinado candidato ou simplesmente expressar/manifestar opinião política”.

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