MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Recursos garantem dragagem do canal interno e reforma do molhe do Porto de Suape

 



 

As Intervenções totalizam cerca de R$ 327,4 milhões, sendo R$ 147 milhões do PAC3 e R$ 180,4 milhões do Governo de Pernambuco. Obras terão início nas próximas semanas

 

Intervenções essenciais para permitir com segurança a atracação de porta-contêineres de 366 metros de comprimento e de outras embarcações de grande porte com capacidade máxima de carga, as obras de dragagem do canal interno e da quarta e última etapa de restauração do molhe do Porto de Suape serão iniciadas nas próximas semanas. O investimento total dos serviços é de R$ 327,4 milhões, sendo R$ 204 milhões destinados à dragagem e R$ 123 milhões à recuperação do molhe. Ambos os projetos estão incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 3, do governo federal, e parte dos investimentos será custeada com recursos da União.

A assinatura do termo de repasse de R$ 147 milhões por parte do MPOR para o Governo do Estado foi assinada, terça-feira à tarde (2), durante solenidade de entrega de um habitacional do programa Minha Casa Minha Vida, e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra; do ministro de Portos e Aeroportos (MPOR), Sílvio Costa Filho; do diretor-presidente do Complexo de Suape, Marcio Guiot; entre outras autoridades das esferas federal e estadual. Do total de repasse, R$ 100 milhões serão destinados à dragagem do canal interno e R$ 47 milhões para as intervenções no molhe. A contrapartida do Governo de Pernambuco é de R$ 180,4 milhões ( R$ 104 milhões para a dragagem e R$ 76 milhões para o molhe).

O prazo para conclusão da dragagem do canal interno, que será aprofundado para 16,2 metros, é de seis meses, prevendo a remoção de 3,8 milhões de metros cúbicos de sedimentos. O mesmo contrato contempla a dragagem e a manutenção da bacia de evolução e dos Píeres de Granéis Líquidos (PGLs) 3A e 3B, para aprofundamento até 18,5 metros. Após a conclusão dos serviços, Suape terá o maior calado operacional para navios de contêineres entre os portos públicos brasileiros e o segundo maior calado operacional do país para granéis líquidos. Os sedimentos removidos serão encaminhados para área de bota-fora, operação já licenciada pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

POSIÇÃO DE DESTAQUE

“Essa importante intervenção se soma à conclusão da dragagem do canal externo, cujas obras foram finalizadas em maio de 2024. Com isso, Suape dá um grande passo para potencializar a operação de todos os píeres e cais, além dos dois terminais de contêineres do atracadouro, o Tecon Suape e o APM Terminals (que começará a operar em 2026)”, pontua o gestor da estatal pernambucana, Marcio Guiot. De acordo com ele, a obra possibilita a atracação de embarcações de grande porte com sua capacidade máxima, como navios petroleiros do tipo Suezmax, tornando o atracadouro ainda mais atrativo para o mercado internacional. 

O conjunto das intervenções atende a padrões internacionais de segurança e à legislação ambiental, elevando Suape a uma posição de destaque no cenário global. Suape é um porto de águas abrigadas, tem localização estratégica e infraestrutura adequada para estimular a atração de novas rotas marítimas e atracação das maiores categorias de navios em operação com capacidade máxima de carga.   

MOLHE

A quarta e última fase do trabalho de restauração do molhe do Porto de Suape, que tem custo de R$ 123 milhões, já teve o processo licitatório concluído e os serviços começarão ainda este mês, com prazo de conclusão previsto para 2028.  A empresa vencedora do certame foi a Construtora Venâncio, que recuperará 1,8 quilômetro da estrutura. A obra é uma importante intervenção na barreira de proteção do porto contra a força das marés altas, permitindo que as operações sejam realizadas com menor interferência de correntes marítimas e ondas. A terceira etapa finalizou o trecho de 940 metros que vinha sendo reforçado desde 2018, com a colocação de blocos de pedras que variaram de 300 quilos a 12 toneladas, totalizando o volume de 78.120 metros cúbicos. Teve custo de R$ 68,1 milhões.

“A restauração do molhe é uma obra fundamental para garantir a segurança das operações. São intervenções importantes para o bom funcionamento das atividades portuárias, além de deixar Suape ainda mais preparado para os desafios impostos pelas mudanças climáticas”, explica a diretora de Infraestrutura do porto, Renata Loyo. O molhe passa pela primeira grande restauração desde a inauguração do porto, no dia 7 de novembro de 1978. Por causa da complexidade e abrangência da intervenção, o projeto foi dividido em três fases, englobando quatro áreas.

           

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