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Um estudo encomendado pela Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (ABIDIP) mostra que caso a tarifa de importação de pneus passe de 16% para 35%, o impacto na inflação poderá chegar a 0,25% ao ano.
O governo brasileiro trabalha com meta de inflação de 3% para 2024. O pedido do reajuste da tarifa de importação foi feito pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) e aguarda julgamento na Câmara de Comércio Exterior (CAMEX)
A ANIP alega que tem sido prejudicada com a entrada de pneus importados no país. O presidente da ABIDIP contesta a afirmação. “Eles querem monopolizar o mercado. Assim poderão colocar os preços que bem entenderem. Quem pagará essa conta será o trabalhador brasileiro”, diz.
O estudo feito pela Guimarães Consultoria Estatística mostra que os pneus deverão ficar 25% mais caros, impactando no aumentos de custos de 6% para o setor de transporte rodoviário. “O aumento dos custos de transporte será repassado para o preço dos produtos transportados, elevando os custos para os consumidores finais e pressionando a inflação”, diz o levantamento.
O estudo feito pela consultoria também fala em repercussão no PIB. “Utilizando modelos econômicos, pode-se estimar que o aumento nos custos operacionais e nos preços dos produtos reduz o PIB em até 0,1% a 0,2%, devido à menor competitividade e aumento nos custos de produção”.
De acordo com a pesquisa, o aumento da tarifa de importação terá reflexos também no consumo de pneus. O estudo diz que haverá redução de 8% na compra de pneus de passeio e 3,2% no de cargas.
“O impacto econômico pode ser sentido por consumidores, empresas de transporte e varejistas, além de possíveis implicações ambientais e de segurança”, diz o texto.
Com isso, a preocupação com os impactos na economia chegou até ao Congresso. A Comissão de Viação e Transporte da Câmara dos Deputados aprovou um requerimento para a realização de uma audiência pública, que reunirá parlamentares, representantes do executivo, entidades de caminhoneiros e do setor de pneus.
O texto do requerimento cita “a importância do tema para os mais de 615 mil caminhoneiros autônomos do Brasil (...) é fundamental ouvir todas as partes interessadas para buscar uma solução equilibrada e justa”.
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