MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 31 de dezembro de 2023

Receita se omite e mídia tenta esconder “maquiagens contábeis” da Rede Globo

 



Globo consegue tomar no Judiciário casa com pix errado de R$ 318 mil

Reprodução do Arquivo Google

Carlos Newton

Conforme informamos neste sábado, com as grotescas maquiagens contábeis da Organização Globo, realizadas entre dezembro de 2005 e setembro de 2006, com utilização de empresas de fachada, tidas como “investidoras”, o grupo criado por Roberto Marinho aumentou artificialmente seu capital real em cerca de R$ 4 bilhões.

Para concretizar a manobra, foi utilizada a intermediação de uma empresa de ocasião, a GME Marketing Esportivo Ltda, registrada em fevereiro de 2002 na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro, com capital de apenas R$ 10 mil. Seus sócios iniciais, José Manuel Aleixo e Marcelo Campos Pinto, eram empregados do Grupo Globo, e apenas cumpriam ordens.

DEPOIS DA FESTA –Na condição de sócia da GME desde dezembro de 2003, a TV Globo Ltda, sucedida pela Globopar S/A, em abril de 2006 alterou o capital da microempresa esportiva para a estratosférica quantia de R$ 5,526 bilhões. Foi um passe de mágica, executado pelos irmãos ilusionistas Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho.

Após concretizada a maquiagem contábil, Aleixo e Pinto foram excluídos da empresa, extinta em 1º de setembro de 2006, e receberam de volta os R$ 10 mil de que se valeram para a abertura da GME Marketing Esportivo Ltda, à semelhança daquela personagem Viúva Porcina, que foi sem nunca ter sido.

A Organização Globo, no caso, seguindo roteiro “fora da curva”, transferiu para si mesma “o bilionário patrimônio líquido da GME” que já era só dela, e que lhe foi “devolvido” com um aumento de capital bastante expressivo, de RS 4 bilhões, cuja origem os documentos examinados não explicam, e a Tribuna da Internet, em nome da liberdade de imprensa, abre espaço a quem tiver algum esclarecimento a prestar.

CONCESSÃO DAS TVS – Não se pode esquecer que na mesma época, em 2007, a Globopar S/A (sucessora da TV Globo Litda) requereu à Presidência da República a renovação das concessões dos canais de televisão da Rede, situados em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Brasília.

Nos documentos para as concessões, estrategicamente deixou de informar que a totalidade do capital da antiga TV Globo Ltda, que fora transferido à Globopar e à empresa de fachada Cardeiros Participações S/A. já tinha sido transferida para as holdings dos irmãos Marinho (RIM 1947 Participações S/A, JRM 1953 Participações S/A e ZRM 1955 Participações S/A), no início de 2006, em desrespeito à lei, sem a prévia aprovação do Ministério das Comunicações.

Diante dessa confusa suruba empresarial e contábil, fica demonstrado que a Organização Globo e os irmãos Marinho ainda dominam esta República e estão acima da lei e da ordem. As concessões foram renovadas por Lula sem ressalvas, e mais recentemente por Bolsonaro, ganhando vigor até 2037.

E A RECEITA FEDERAL – De vez em quando, saíam na imprensa pequenas notícias de que as maquiagens contábeis da Globo seriam punidas pela Receita.  Mas o tempo passou, existe a prescrição de crimes fiscais etc. E quem se interessa?

Sabe-se que contrato social empresarial não pode ser equiparado a documento público, mas convenhamos que, para todos os efeitos, em se tratando de empresa concessionária de serviço público, a transparência não pode ser mitigada.

Pagando as taxas legais, qualquer cidadão bem intencionado tem acesso às informações protocoladas e registradas nas Juntas Comerciais de cada Estado da Federação. E a verdade sempre acaba por aparecer, como no caso da usurpação para TV Paulista por Roberto Marinho no regime militar, já bastante conhecido.

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