Alex Pipkin, PhD
Não há um fiapo de dúvida de que a imensa maioria dos brasileiros é ignorante - não no sentido pejorativo - em economia. Faltam razão e conhecimentos, sobram sentimentalismos. Sendo assim, essa maioria possui alta sensibilidade para absorver inverdades, falácias, e bom-mocismos de todas as espécies.Em especial a gigantesca turma de sinalizadores de virtude crê que a preocupação com o “social” é de exclusividade dos partidos situados a esquerda do espectro político.
Penso que o mais eficiente programa social advém do crescimento econômico e da respectiva geração de empregos. Claro que se gostaria que esses ocorressem em setores intensivos em conhecimento, mas estamos no Brasil… Nesta direção, o sentimentalismo - grosseiro - impede que se utilize a singela lógica a fim de compreender como os fatos são na realidade objetiva.
Embora possa parecer uma nobre política, os “progressistas” gastos governamentais em uma série de programas sociais - e para alimentar a fome voraz da máquina pública -, verdadeiramente, são a pá de cal no crescimento econômico brasileiro.
Governos não criam riqueza (oh pensamento mágico!), eles extraem a riqueza de seus respectivos geradores, ou seja, dos indivíduos e das empresas. Desse modo, os gastos estatais simplesmente transferem dinheiro desses criadores de riqueza para outros indivíduos. O aumento do gasto público, então, “rouba” o dinheiro de investimentos da iniciativa privada. Investimentos do setor privado são a chave para o crescimento econômico e social.
O gasto público acarreta inflação que prejudica, sobretudo, os mais pobres, retirando da população a possibilidade de utilizar seus próprios recursos da maneira que essa julga ser a mais adequada.
A elevação da tributação para fazer frente ao aumento dos gastos, por sua vez, impacta negativamente no crescimento.
Os “bondosos” governos de esquerda, querem fazer crer que dinheiro nasce em árvores, demonstrando completa negligência quanto a preocupação pelo equilíbrio fiscal. Além de deixar a conta para gerações futuras de brasileiros, o (des)governo impede fortemente o aumento da produtividade da economia. E grande parte da população nacional vê, porém, não enxerga.
Na verdade, quando crescem os gastos governamentais, de forma geral, diminuem os gastos dos indivíduos. Bingo. Afastando meus sentimentos, o futuro do país é mesmo sombrio.
É certo que o crescimento econômico e social depende da qualidade de nossas instituições. Também é evidente que essas, atualmente, são instituições extrativistas, das quais emanam incentivos para que as elites - podres - continuem a sugar a renda dos criadores de riqueza tupiniquins.
Nossa cabal “In”Justiça acaba por desestimular a atividade privada e os respectivos incentivos para os fundamentais investimentos. Os incentivos importam e muito, mas eles estão completamente invertidos. A infértil parceria governo-STF está consolidada, e nosso Congresso é, transparentemente, inoperante. Sem um Congresso ativo e forte, com mais voz para os contribuintes, a festa com o dinheiro público rola livre, leve e solta e, claro, quem sofre é o povaréu.
O câncer do intervencionismo estatal tupiniquim persiste em inibir a elevação do nível de competitividade empresarial, não havendo investimentos em inovações, e muito menos na criação de setores intensivos em conhecimento.
Em nossa vanguarda do atraso, políticas econômicas intervencionistas, para maquiar a geração de empregos e de renda, desincentivam os investimentos produtivos, além de arriar o espírito e a ação empreendedora.
A retórica governista é nobre; da união e da reconstrução, do amor! O discurso é da ampliação do emprego e da melhora da distribuição de renda; sentimental e bondoso.
Porém, no reino vermelho, verde-amarelo do “rent seeking”, o crescimento econômico é sempre uma miragem. Nunca se logra alcançar o tão necessário aumento da produtividade, a geração de setores intensivos em conhecimento e, assim, a ampliação de empregos mais bem pagos.
Como somos sentimentais! Claro, as paixões nos movem… Porém, é preciso razão e conhecimento para compreender “as coisas”.
Acho que precisamos de crescimento econômico, de geração de mais e melhores empregos, e de muito mais inovações.
Ah, de muito menos sentimentalismos, baratos.
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