Evento acontece em Fortaleza de 20 a 23 de setembro Há congressos médicos que até promovem apresentações artísticas nos intervalos das atividades científicas. O Congresso Brasileiro de Medicina da Família e Comunidade (CBMFC), no entanto, irá bem mais além. Tem a proposta de colocar a arte e a cultura no centro das discussões sobre a Estratégia de Saúde da Família, com a participação aberta a médicos, profissionais de saúde e à população do Ceará. Em sua 17ª edição, a acontecer em Fortaleza de 20 e 23 de setembro, terá cerca de 50 atividades culturais de altíssimo nível. “Teremos três eixos”, adianta Rodrigo Tembiú, curador da mostra, “expressões tradicionais, com coco, afoxé, samba, choro, destacando a presença africana no Ceará e dialogando com as tradições nordestinas; expressões dos povos originários, com representantes de duas das 15 etnias do estado, os Tapeba e os Pitaguary, trazendo o toré, um importante ritual sagrado; e arte contemporânea, contemplando um pouco de tudo o que é feito hoje, da videodança ao hip-hop, do teatro ao jazz”. Gente do Brasil inteiro comparecerá ao CBMFC, portanto, a responsabilidade é grande. Tembiú mostra confiança no projeto e garante que será marcante: “Queremos mostrar que o Ceará não se resume a ‘forró de plástico’ e show de humor. Somos muitos(as) e somos muito diversos(as)”, frisa o professor e artista, que nos últimos meses estabeleceu intenso diálogo com coletivos, movimentos culturais e gestores do governo do estado para construir a programação. Algumas das atrações mais aguardadas são, dentre tantas outras, a carnavalização da cearensidade com o grupo Os Transacionais, na quarta-feira, às 21h30; o espetáculo de dança-cuidado com Silvia Moura, na quinta-feira, às 19h; a Terreirada da Cura, com afoxé, coco e maracatu, na sexta-feira, às 20h; a TeatrAula, uma conferência cênica com Ricardo Guilherme, no sábado, às 19h; o espetáculo “Sound Circo-Rap” com O Cheiro do Queijo, no sábado, às 21h; e as intervenções circenses com direção de Neto Holanda, diariamente, em diversos espaços do CBMFC. A Tenda Paulo Freire se conecta à programação artístico-cultural com outros trabalhos culturais em diálogo com a Educação Popular em Saúde e as práticas de cuidado coletivo. Além disso, um panorama das produções de médica(o)s de família e comunidade em diferentes linguagens artísticas será retratado na mostra – sem caráter competitivo. Os(as) MFCs terão seus trabalhos inseridos na programação artístico-cultural geral. “Através das obras, será possível refletir sobre a condição humana, estimular a empatia e promover a sensibilização para temas ligados à medicina de família e comunidade”, diz o curador. Rodrigo Tembiú pontua ainda que o CBMFC é uma oportunidade de fundir ciência e arte, campos muitas vezes tidos como antípodas. “Entender que existe um ponto de intersecção entre os dois é uma dificuldade enfrentada pela sociedade em geral, não só por médica(o)s. Mas cuidado e cultura estão ligados desde a raiz: vêm do latim ‘colere’, que significa cultivar, crescer. É possível cultivarmos e crescermos juntos”. Inscrições para o terceiro lote Quando à participação da programação científica e prática, fica o registro de que as inscrições com valor de 3° lote seguem abertas para MFCs e profissionais da área: poderão ser sacramentadas até 10 de setembro. Depois disso, os ingressos serão vendidos com valor de 4° lote pelo site ou no local do evento. Os valores para cada categoria estão disponíveis em sbmfc.org.br/17cbmfc/inscreva-se. Mais sobre o 17° CBMFC Confira aqui a programação completa: https://urlfr.ee/27lrl Nesse link você conhece os palestrantes internacionais https://urlfr.ee/2l1fp |
Informações adicionais aos jornalistas Chico Damaso -- Whatsapp (11) 99911.8117 |
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