Em 2023, a comunidade global de startups enfrentou um frio congelante. O Brasil e muitos outros países vivenciaram o que muitos chamaram de "inverno das startups", uma expressão que simboliza tempos difíceis, marcados por um declínio nos investimentos. Na América Latina, os investimentos encolheram em uma margem impressionante de 35%. No Brasil, esse recuo foi ainda mais profundo, atingindo uma diminuição chocante de 50% em relação a 2022, conforme números da Sling Hub.
Diante de tal tempestade financeira, várias startups, independente de estarem no estágio inicial ou em pleno crescimento, tiveram que tomar decisões árduas. Muitas viram-se forçadas a reduzir seu quadro de funcionários, sacrificando talentos em prol de sua sobrevivência.
Entretanto, nem todas as notícias foram tão sombrias. Algumas startups, precavidas, continuam navegando com o capital acumulado durante o "verão" dos anos 2021 e 2022. Estão postergando o inevitável, esperando melhores dias. Carolina Perroni Sanvicente, sócia fundadora do Perroni Sanvicente & Schirmer Advogados (PS&S), sublinha que agora, mais do que nunca, é essencial que essas empresas inovem, apresentando produtos ou serviços mais do que diferenciados "O mercado está muito cético. O objetivo agora é claramente lucrar e resistir a essa seleção natural brutal", observa ela.
O desafio agora, para muitas startups, é estruturar modelos de negócios resilientes e atraentes. Porque, apesar do ambiente atual, os investidores continuam ávidos por propostas excepcionais. Startups que se adaptarem com agilidade, que souberem ler e responder ao clima, encontrarão o caminho para atrair capital, aliando-se aos investidores certos.
Perroni Sanvicente destaca uma perspectiva otimista: "Não podemos negligenciar que, nesse período de austeridade, muitos empreendedores estão se reinventando, aprimorando suas propostas de valor e solidificando suas bases, prontos para uma reviravolta". É preciso lembrar que após todo inverno rigoroso, a primavera sempre se faz presente. E talvez, para as startups, ela esteja mais próxima do que imaginamos.
Para aqueles interessados em se aprofundar nessa temática e ouvir diretamente dos especialistas da linha de frente, estou à disposição para conectar as pontes.
Co-fundadora do Perroni Sanvicente & Schirmer Advogados, Carolina é especialista em Direito Empresarial (com foco em consultivo) e tem ampla experiência nas áreas de Direito Civil, Societário e Governança Corporativa. Participou e liderou mais de 180 operações de M&As, de diversos tamanhos com atuação tanto na Sellside quanto Buyside. Ela já colaborou para renomados escritórios de advocacia, em Companhias Abertas, e por mais de seis anos foi coordenadora da área jurídica da Loja Renner S.A, e Head do jurídico do Grupo Arezzo por mais de três anos. Atualmente, faz parte também da Co-gestão do Comitê Estratégico de Escritórios Jurídicos da Amcham/RS, é membro da rede Impacto por Elas e conselheira Fiscal Suplente do Instituto Lojas Renner. Em 2022 Carolina recebeu o reconhecimento da revista Análise como uma das advogada mais admiradas do Brasil e foi rankeada pelo TTR como uma das advogadas do Brasil em número de operações de M&A.
Perroni Sanvicente & Schirmer Advogados (PS&S)
Escritório de advocacia fundado em 2020, PS&S tem como missão atuar com integridade, qualidade e inovação. Atualmente, está rankeado no TTR entre os escritórios do Brasil com maior número de operações em Venture Capital (VC) no país. Centrado nos temas do Direito Empresarial, com foco em direito societário, fusões e aquisições e direito contratual, o PS&S tem experiência vasta expertise na estruturação quanto na reestruturação de empresas. O principal objetivo é entregar aos clientes soluções jurídicas eficazes e adaptadas às reais necessidades de cada um e que agreguem valor ao negócio e contribuam para uma sociedade melhor.
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