MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Mãe de Larissa Manoela será presa? Entenda a investigação após denúncia de racismo religioso

 



Nas últimas semanas, o nome de Larissa Manoela está por todos os lados após ela expor a briga com os pais, Silvana Taques e Gilberto Elias, por seu patrimônio. Em uma série de troca de mensagens expostas pelo Fantástico, a mãe da atriz diz que não tem mais laços com a filha. Porém, em uma parte da conversa, omitida pelo programa, a matriarca se refere a família do noivo da filha, André Luiz Frambach, que é espírita kardecista, como "macumbeira".

A clara demonstração de racismo religioso chamou a atenção da justiça e das redes sociais. A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) já está investigando Silvana por discriminação e preconceito de religião. Caso seja determinada culpada, ela pode pegar de dois a cinco anos de prisão, segundo a Lei 14.532, sancionada pelo presidente Lula em janeiro de 2023, que equipara a injúria racial ao crime de racismo e também o torna inafiançável e imprescritível.

Head de diversidade, equidade e inclusão na Condurú Consultoria, Jenifer Zveiter, destaca que essa lei é um avanço no sentido de endurecimento de crimes de racismo. “Não é suficiente falarmos de intolerância religiosa, precisamos abordar o racismo religioso com urgência, pessoas pretas continuam morrendo, tendo seus terreiros apedrejados e suas famílias destruídas por ataques racistas, a demonização de religiões de matrizes africanas é mais um retrato da nossa sociedade", diz.

Apesar de a punição para crimes de intolerância religiosa ter ficado mais rígida em 2023, nos últimos dois anos, crimes em razão da religião aumentaram 45% no Brasil. De acordo com pesquisa da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras, quase metade dos terreiros no país registrou até cinco ataques durante o mesmo período.

"O aumento de 45% dos crimes nos últimos dois anos mostra quantos casos continuam silenciados frente à sociedade, pois o número é muito maior. Precisamos lembrar que não se trata apenas da violência física, mas sim de todo um contexto. Por exemplo, candomblecistas, umbandistas e todas as pessoas de religiões de matriz africana não “podem” falar sobre suas crenças em qualquer ambiente e/ou com qualquer pessoa. Não podem expressar sua fé em qualquer lugar, por vezes precisam omitir sua religião, ou seja, estamos falando de violência psicológica, pertencimento social, liberdade de expressão e mais uma vez do racismo estrutural, velado e ao mesmo tempo explícito", explica Zveiter.

Caso tenha interesse na pauta, fico à disposição para fazer a ponte com o especialista.

Jenifer Zveiter 

Especialista em Diversidade, Equidade & Inclusão na Condurú Consultoria, Jenifer é bacharel em psicologia pelo Centro Universitário São Camilo. Além de sua atuação como psicológica, já colaborou como Analista Administrativo do Programa Jovem Aprendiz do Instituto Via de Acesso e foi consultora educacional do INFI (Instituto FEBRABAN de Educação), onde auxiliou na construção de soluções para área educacional, aplicação de treinamentos, atuação em processo seletivo, coordenação de corpo discente e docente, acompanhamento em sala de aula para observar questões da diversidade (exemplos e falas durante a aula) e aplicação de feedback individual sobre as pautas.

Condurú Consultoria

Criada em 2017, a Condurú é uma consultoria que auxilia na implementação de programas de governança, apoia a construção ou atualização de códigos de ética ou de conduta e promove palestras e workshops de diversidade e inclusão.

 

Imprensa

Jangada Consultoria de Comunicação

Wendy Candido| wendy@jangada.in | 11 97326 1370

Gabriela Clemente| gabriela@jangada.in | 11 9 9541 3452

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário