(Divulgação)
A sigla RS é comum em muitas marcas: Audi e Porsche utilizam em seus modelos de alta performance. O monograma é quase um sinônimo para “dê a passagem agora”. Mas na General Motors não é assim. Nos modelos Chevrolet, a chancela RS significa visual esportivo.
Volta e meia a GM brasileira apresenta versões de visual esportivo com o monograma. São edições que não são regulares e nem limitadas. São oferecidas enquanto estiver interesse do mercado.
Equinox, Onix, Cruze e até mesmo a nova Montana já receberam suas derivações RS. Nessa lista também foi incluído o SUV Tracker, que acabamos de avaliar.
Com preço de R$ 160 mil, o Tracker RS não é uma pechincha, mas tem suas vantagens. É um pouco mais barato que o Tracker Premier, versão topo de linha e tem a vantagem de utilizar o motor 1.2 turbo.
Essa unidade era exclusividade da versão topo de linha. Ela entrega 133 cv e 21,4 kgfm de torque. Comparado com o motor 1.0 de 116 cv, ele oferece mais torque em baixas rotações e não tem lag (atraso) abaixo dos 1.500 rpm.
A unidade é combinada com transmissão automática de seis marchas, que acompanha boa parte da linha da GM. Para um carro com proposta esportiva, viria a calhar a adição de borboletas para trocas. Mas sejamos francos, não precisa.
Isso porque os 17 cv e quase 4 kgfm de torque a mais não fazem do Tracker um esportivo nato. A suspensão tem o mesmo acerto das demais versões e privilegia o conforto. Afinal, trata-se de um carro de visual esportivo e não um esportivo de fato.
E por falar no fator estético, o Tracker RS conta com grade exclusiva, de estilo favo de mel, detalhes em Black Piano (retrovisores, rack, emblema e molduras), além das rodas aro 17 com pintura em preto. Por dentro, ele se difere pelo acabamento em preto e costuras vermelhas, mas sem diferenciação nas estruturas dos bancos e dos materiais.
O SUV oferece direção elétrica, ar-condicionado (ana-lógico), multimídia MyLink (com conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay). A central também integra roteador WiFi e conexão 4G nativa.
O Tracker RS ainda conta com partida sem chave, assistente remoto OnStar, vidros e retrovisores elétricos, bancos revestidos em couro, monitor de ponto cego, seis airbags, e alerta de colisão em frenagem emergencial automática. Por fim, o SUV oferece teto solar panorâmico.
Ao volante
O Tracker RS não difere em nada do Premier, a exceção fica pela ausência do carregamento sem fio e climatização digital, mas esses itens foram retirados da linha atual, devido às oscilações da oferta de semicondutores.
É um carro prazeroso de guiar, tem respostas rápidas e consumo moderado, na casa dos 12 km/l (com gasolina) no combinado urbano e rodoviário. O espaço interno é adequado para uma família com até três filhos, já que oferece cintos de três pontos, encostos de cabeça e ganchos de fixação Isofix.
O porta-malas comporta 393 litros. Não é uma referência em espaço, mas se destaca em relação a boa parte de seus concorrentes diretos.
Palavra final
O Chevrolet Tracker RS é um carro interessante, principalmente para quem busca um SUV com um visual menos conservador. No entanto, órbita numa faixa de preços que há opções que podem entregar mais tecnologia em segurança ou motores mais potentes. Aí é uma questão do que cabe no seu bolso, no seu gosto e na sua garagem.
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