MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 25 de julho de 2023

Bem atrasadinho, Moraes só agora depõe sobre hostilidades em aeroporto de Roma

 


Gravação mostra tapa de bolsonarista em filho de Alexandre de Moraes, diz PF

Moraes, no aeroporto de Roma, depois das hostilidades

José Marques e Fabio Serapião
Folha

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), prestou depoimento à Polícia Federal na tarde desta segunda-feira (24) na investigação a sobre conduta de brasileiros que o hostilizaram no aeroporto internacional de Roma, no último dia 14. Além do ministro, também depuseram à PF sua esposa e os três filhos. Eles foram ouvidos na sede da Superintendência da corporação em São Paulo.

Moraes acionou a PF após a hostilidade contra ele e sua família na Itália. O órgão instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da abordagem e também de uma possível agressão ao filho do ministro.

INVESTIGADOS – A polícia investiga o casal Roberto Mantovani Filho e Andreia Munarão, que estava com Alex Zanata Bignotto, seu genro, e com Giovanni Mantovani, seu filho.

Na ocasião, o ministro do Supremo e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) relatou ter sido chamado de “bandido”, “comunista” e “comprado”, segundo informações colhidas pelos investigadores.

Os defensores dos envolvidos no episódio têm dito que não partiu deles a hostilidade contra o ministro. As afirmações devem ser confrontadas com as imagens das câmeras de segurança, solicitadas pela PF. A defesa da família investigada sob suspeita de hostilidade a Moraes também avalia pedir às autoridades judiciais italianas as imagens do aeroporto de Roma.

ENTREVERO – A família Mantovani admite ter havido o que chama de “entrevero”, mas nega ter hostilizado Moraes e afirma ter apenas reagido a ofensas recebidas. Tórtima disse inicialmente que Mantovani “afastou” o filho do magistrado com o braço, mas, em entrevista ao UOL, declarou não haver clareza se pode ter sido “um empurrão ou um tapa”.

No último dia 18, Mantovani e Andreia foram alvos de ação de busca e apreensão ordenada pela presidente do STF, ministra Rosa Weber.

Especialistas ouvidos pela Folha consideram que a ação deveria ser conduzida na primeira instância, não no Supremo, porque o empresário suspeito e demais envolvidos não têm foro especial. E a defesa afirma que houve desproporcionalidade no tratamento dado aos suspeitos.

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