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Como o RFID pode transformar os negócios de maneira mais rápida e segura
Por George Millard (*)
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O
varejo mudou rapidamente para se adaptar às consequências da pandemia.
Tendências que caminhavam lentamente aceleraram diante da necessidade
de ter um e-commerce robusto para atender uma demanda que cresceu
rapidamente do físico para o digital.
A digitalização virou questão de sobrevivência. E a velocidade de
implantação passou a ter mais importância do que a certeza do caminho
estratégico correto. Melhor fazer logo e depois corrigir do que não
avançar e ficar pelo caminho.
O novo comportamento do consumidor veio para ficar. Neste ano, a
China passou a ter 50% das suas vendas online, os EUA 16% e o Brasil
10% (antes da pandemia o percentual era de 5%). Esses números tendem a
crescer com a confiança que os consumidores mais velhos adquiriam no
e-commerce e com o imediatismo da geração Z (9-23 anos).
A estratégia é combinar cada vez mais conveniência e velocidade.
Neste cenário em que a omnicanalidade ganha um espaço maior e posiciona
a logística como um diferencial competitivo, o mercado demanda
tecnologias inovadoras para fazer mais com menos custos e menos erros. A
tecnologia RFID, que já era utilizada em algumas áreas do varejo, se
transformou em vantagem competitiva ao assumir a posição de smart supply chain, ideal para reduzir custos e ampliar receitas.
Atualmente, existem grandes redes, como a Riachuelo, que adotaram
a tecnologia em toda a cadeia de suprimentos, da fábrica até o
consumidor final, para garantir o controle dos processos e a gestão
inteligente dos estoques. Há outros grupos brasileiros que investem em
entregas no mesmo dia, em várias modalidades: em casa, pick-up in store (comprar online e pegar numa loja), curbside
(agendar uma entrega de mercadoria num ponto como calçada ou
estacionamento), darkstores e hubs (são lojas que que não estão abertas
ao público, mas que funcionam como um hub logístico de milhares de
entregadores de moto, bicicleta e patinete, que têm velocidade e
flexibilidade para atender a “última milha” no mesmo dia, ou até em
algumas horas quando as compras são online.
Para conseguir velocidade e minimizar erros, as empresas precisam
investir numa cadeia logística inteligente. Ter controle,
rastreabilidade e visibilidade de estoque em todos os pontos da cadeia
garante custos menores de carregamento de estoque e logística reversa,
além de proporcionar uma experiencia agradável para o cliente, cada vez
mais exigente, na ponta.
Varejistas consagrados como Walmart e Zara usam o RFID há
décadas. No Brasil, alguns grupos, mesmo em estágios diferentes na
adoção da tecnologia, já perceberam o potencial e os benefícios que
podem ser alcançados com a solução.
Questões relevantes como sustentabilidade, propósito e inclusão
também podem ser introduzidas com o uso da tecnologia RFID, que permite
rastreabilidade de produtos em toda a cadeia. Com isso é possível
assegurar a idoneidade de origem do produto, com respeito ao meio
ambiente e aos trabalhadores da cadeia de suprimentos. A tecnologia
serve, inclusive, como um selo de autenticidade de uma mercadoria,
prevenindo falsificações e garantindo a data de validade. Combinada com
NFC e/ou QRCode, a solução RFID pode facilmente engajar o cliente no
ponto de venda (PDV) via smartphone.
Para que as empresas possam extrair o máximo da tecnologia em
curto espaço de tempo, o primeiro passo é investir na transformação
cultural com o suporte de fornecedores/parceiros de tecnologia capazes
de atender as necessidades, independentemente do tamanho e da
complexidade do negócio. A otimização logística com RFID pode ser uma
decisão estratégica para alavancar negócios de maneira mais rápida,
segura e aderente à nova realidade.
(*) George Millard é CEO da Mozaiko, empresa do Grupo
Stefanini que desenvolve tecnologias de Analytics e IoT para otimizar e
simplificar processos de varejo e logística.
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