Paulo Guedes defendeu que o governo possa vender ações da Petrobras em momento de valorização dos papéis para distribuir parte dos ganhos à população mais vulnerável
Foto: Agência Brasil
Do CNN Brasil Business e Brasil Econômico
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que o governo possa vender ações da Petrobras em momento de valorização dos papéis para distribuir parte dos ganhos à população mais vulnerável.
"Quando o preço do combustível sobe, os mais frágeis estão com dificuldades. E que tal se eu vender um pouco das ações da Petrobras e der para eles esses recursos?", disse o ministro em entrevista coletiva em Washington na noite de quarta-feira, acrescentando que não faz sentido o país ficar mais rico e os brasileiros, mais pobres
Guedes disse ser favorável à privatização de todas as estatais, mas que, no caso da Petrobras, uma alternativa pode ser levar a empresa ao Novo Mercado, segmento com níveis mais exigentes de governança em que as empresas só podem emitir ações ordinárias (com direito a voto).
O governo poderia manter o controle da estatal por meio de uma golden share, mas a mudança geraria um valor adicional de 100 bilhões a 150 bilhões de reais para a empresa, disse Guedes. "E pode subir mais ainda se eu falar que eu vou privatizar, abrir mão do controle", afirmou, defendendo que a Petrobras seja transformada em uma "corporation" em modelo semelhante ao aprovado para a Eletrobras.
Guedes, que está em Washington para a reunião anual do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, disse que, em reunião com o secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) na quarta, reforçou pedido de apoio para a adesão do Brasil à entidade.
FMI - O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a rebater as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e disse acreditar que o país crescerá o dobro do esperado. A declaração foi dada em evento promovido pela Atlantic Council, em Washington.
Na quarta-feira (13), o FMI reduziu a precisão de crescimento do PIB brasileiro para 1,5%, redução de 0,4 ponto percentual se comparado ao último levantamento.
"O FMI vai errar de novo, eles continuam fazendo isso. O crescimento será de mais de 2% em 2022", disse Guedes.
Nos Estados Unidos para reuniões com o próprio FMI e Banco Mundial, Guedes afirmou que espera que o país cresça pelo menos 3% em 2021. O ministro exemplificou a recuperação econômica em "V" e ressaltou a agenda de reformas proposta pelo ministério.
Paulo Guedes ainda lembrou que o próprio FMI errou em suas expectativas sobre o Brasil em 2020. O fundo acreditava em recuo de 9,1% na economia do país, enquanto a queda foi de 4,1%.
O ministro ainda rebateu as previsões sobre 2022. Segundo Guedes o Brasil deve crescer mais de 2% do previsto pelo FMI.
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