
Charge do Sinovaldo (Jornal VS)
Carlos Newton
O jornal O Tempo, editado em Minas Gerais, anuncia que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não deve disputar as eleições do próximo ano, reservando a agenda para ajudar na campanha do ex-presidente Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. A informação é de interlocutores dos petistas.
Como se sabe, a ex-presidente disputou e perdeu na eleição de 2018 uma vaga para o Senado por Minas Gerais, embora fosse considerada favorita em todas as pesquisas e houvesse duas vagas, que foram preenchidas pelo então deputado Rodrigo Pacheco (DEM) e pelo jornalista e apresentador Carlos Viana (PHS), que passaram ocupar as cadeiras pertencentes a Aécio Neves (PSDB) e Zezé Perrella (MDB).
NO RIO GRANDE – Com a surpreendente derrota, Dilma preferiu continuar morando no Rio Grande do Sul e decidiu não concorrer na próxima eleição, que será ainda mais difícil, porque só há uma vaga de senador.
Segundo o jornal O Tempo, a ex-presidente anunciou que vai se dedicar à campanha de Lula.; Com isso, cria uma situação que causa constrangimento entre os petistas, porque ninguém sabe se ela traz ou tira votos.
Ainda está na memória de todos a tenebrosa convenção de 2014, quando os participantes gritavam “Volta Lula!” e ele surpreendeu os convencionais, ao mandar que votassem na candidatura de Dilma Rousseff à reeleição.
DILMA PEITOU LULA – O fato concreto é Dilma peitou Lula, dizendo ter direito constitucional à reeleição. Ele insistiu em ser candidato e a então “presidenta” ameaçou revelar que a amante dele, Rosemary Noronha, tinha viajado para o exterior mais de 30 vezes como clandestina, sem o nome na lista oficial de passageiros do Aerolula, para enganar dona Marisa Letícia. A “presidenta” prometeu divulgar também os gastos de Rose no cartão corporativo, no Brasil e no exterior, e Lula teve de recuar.
Mais quatro anos se passaram, Dilma Rousseff não é mais nada e agora Lula não tem empecilhos para se candidatar. Mas há dois problemas que podem atrapalhar sua vitória – a possibilidade de união de centro-esquerda em torno de um candidato de terceira via e a necessidade de recusar a ajuda de Dilma Rousseff, que tem potencial para destruir as chances de o PT ganhar a eleição.
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P.S. – Nas hostes de Bolsonaro e dos demais candidatos, a
torcida é grande no sentido de que Dilma comece logo a subir nos
palanques ao lado de Lula, para que as pesquisas mudem a tendência
atual. (C.N.)
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