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A Anfavea, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, reduziu a projeção de vendas do mercado automotivo brasileiro para 2021. Com o agravamento da crise dos chips, o setor deverá baixar muito as vendas este ano.
A recente queda nas vendas em setembro, apesar do aumento da produção, provoca redução na oferta de carros novos e consequente aumento de preços, que impacta diretamente na intenção de compra do consumidor.
Para as montadoras, além da falta de insumos, há também aumento de custos e dificuldades logísticas, que acabam sendo repassadas aos preços. Com carros populares alcançando R$ 100.000, o mercado aperta o freio. Na Anfavea, a previsão é de vendas de 2,038 milhões a 2,118 milhões de veículos em 2021.
Os volumes representariam altas de 1% a 3% em comparação com 2020, enquanto a produção deve ficar entre 2,129 milhões e 2,219 milhões, ou seja, de 6% a 10% de alta em relação ao ano passado, quando mercado e fábricas foram impactados pela pandemia de Covid-19.
Luiz Carlos Moraes, Presidente da Anfavea, disse: “Nunca havíamos tido tanta dificuldade em enxergar o cenário em curto prazo na indústria automotiva. As incertezas para garantir a produção de veículos é grande com a crise de fornecimento global. Estamos presenciando uma procura por parte dos consumidores para compra de novos produtos, mas não temos unidades para atender à demanda”.
Em setembro, o mercado caiu 10,2%, mas o acumulado do ano é de 14,8%. Sem previsão de que o fornecimento de chips implicaria em um momento tão ruim, as montadoras não aceleraram a produção e assim não puderam compensar o período atual.
Nas exportações, o saldo é positivo com alta de 33,8% em setembro numa comparação com o mesmo período de 2020. Isso é fruto da reabertura dos mercados próximos, como o Chile, que espera alta de mais de 11% do PIB para 2021. No mês passado, a produção geral caiu 21,3% puxada pelos automóveis, os que mais sofrem com a falta de chips.
Para termos uma ideia, os comerciais leves cresceram 46,5% e os caminhões tiveram alta de 103,7% na produção.
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