Desde que assumiu o cargo, Guedes estabeleceu como alvo principal o controle das despesas do governo.
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Depois de ter sido derrotado na negociação que culminou na troca de comando da Petrobras imposta pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, aguarda a votação no Congresso de medidas de ajuste fiscal para definir seu futuro no governo.
Segundo interlocutores, o episódio na estatal não deve fazer com que Guedes deixe o posto neste momento, mas a aprovação de propostas que tramitam no Congresso para controlar as contas públicas é considerada decisiva para que ele se mantenha no cargo.
Na avaliação de um amigo próximo, a perspectiva de deixar como legado um arcabouço que impeça o crescimento descontrolado de gastos públicos é o principal fator que mantém o ministro no cargo, apesar dos desfalques que sofreu no time e da falta de perspectiva em relação ao seu projeto liberal.
A forma pela qual o Executivo vai encaminhar a prorrogação do auxílio emergencial deve influenciar no processo. A expectativa é que o ministro quebre o silêncio que adotou na crise com a petroleira a partir de segunda-feira para “botar os pingos nos is”, na avaliação de um amigo próximo.
Desde que assumiu o cargo, Guedes estabeleceu como alvo principal o controle das despesas do governo. Em seu discurso de posse, o ministro disse que o Brasil foi “corrompido pelo excesso de gastos”. O plano para travar esse processo começou com a aprovação da reforma da Previdência e cortes na taxa de juros, mas foi travado pela dificuldade em diminuir gastos com servidores públicos.
A reforma administrativa ficou parada na gaveta de Bolsonaro por um ano e só foi enviada no ano passado, em versão desidratada.
Entre muitas crises causadas pelo distanciamento de Bolsonaro do receituário liberal e pela dificuldade de emplacar sua pauta no Congresso, a que mais ameaçou a permanência do “Posto Ipiranga” no cargo foi o impasse sobre a medida que travou gastos com servidores até o fim deste ano, como contrapartida ao auxílio a estados e municípios.
Fonte: Agência Brasil
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