A organização funcionava, e continua funcionando, como uma repartição pública a serviço do governo da China e do seu Partido Comunista. J. R. Guzzo, via Gazeta do Povo:
Lembram-se
da OMS, a Organização Mundial da Saúde, que ainda no começo da tragédia
trazida pela Covid-19 era tida oficialmente pelo Supremo Tribunal
Federal, pelo presidente da Câmara dos Deputados e pelo resto do bonde
da oposição como a última palavra sobre o assunto? Era Deus no céu e a
OMS na Terra. O STF chegou, num dos seus extremos de ignorância
disfarçada em “governança”, a tornar a OMS uma espécie de marco legal no
Brasil: suas decisões sobre a epidemia passaram praticamente a ter
força de lei. Os demais, sem pensar cinco minutos no que estavam
fazendo, se ajoelharam e passaram a rezar para essa nova autoridade
suprema.
Não
ocorreu a ninguém, na ocasião, que a OMS, um dos mais notórios cabides
internacionais de emprego do mundo, era uma entidade bichada. Seu
presidente, pescado numa ditadura da África, não era nem sequer um
médico. A organização funcionava, e continua funcionando, como uma
repartição pública a serviço do governo da China e do seu Partido
Comunista. Havia, já há muito tempo, uma nuvem de suspeitas de corrupção
em cima dos seus procedimentos.
Mas
nada disso foi levado em conta. “Temos de seguir a orientação da OMS”,
decidiu a elite que manda no Brasil. Acreditaram que “OMS” e “ciência”
significavam a mesma coisa. Diante de qualquer dúvida, era aplicada uma
resposta automática: “negacionismo”.
Estamos
vendo, agora, o tamanho deste disparate. Segundo acabam de revelar os
jornais The Guardian e Financial Times, de Londres, ambos devotos
convictos da ideia de que a humanidade deve ser governada por comitês
globalizados de especialistas, a OMS conspirou com o Ministério da Saúde
da Itália para retirar de seu site oficial um relatório que revelava a
conduta desastrosa das autoridades italianas nos primeiros momentos da
crise.
O
relatório, que descrevia a resposta “caótica” à Covid na Itália – o
primeiro país da Europa a ser atingido maciçamente pelo vírus – e que
foi assinado por 11 cientistas, ficou apenas 24 horas no ar. Foi logo
retirado pelos dirigentes da OMS, que também pressionaram o autor do
documento a não prestar depoimento no inquérito aberto para apurar atos
de negligência na gestão da Covid – responsáveis por estimadas 10 mil
mortes na fase inicial da epidemia na Itália.
Como
acontece com a grande maioria dos organismos sustentados pela ONU (ou
melhor: por dinheiro de imposto, inclusive do Brasil), a OMS foi
aparelhada para servir a interesses políticos e corporativos que pouco
têm a ver com a saúde mundial. É um dos pousos preferidos de médicos de
Terceiro Mundo que obedecem ao que os seus governos mandam fazer, têm a
alma de burocratas e vivem encantados pela ideia de passar a existência
num emprego público que oferece salário em dólar, benefícios cinco
estrelas e aposentadoria integral.
É
essa a organização que os nossos campeões do “distanciamento social”
elegeram como guia superior. Não é realmente uma surpresa, quando se
pensa um pouco mais no assunto. A OMS, no fundo, é o tipo de coisa que
tem tudo a ver com o STF, o Congresso Nacional e o resto da tropa.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
Nenhum comentário:
Postar um comentário