MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 20 de dezembro de 2020

Apesar da pandemia, mercado imobiliário teve um bom ano

 


Tanto a venda como a locação de imóveís foram consideradas bons neste ano, analisa Creci

Tribuna da Bahia, Salvador
20/12/2020 06:40 | Atualizado há 5 horas e 0 minutos

   
Foto: Reginaldo Ipê / Tribuna da Bahia

Por: Yuri Abreu


Apesar da subida dos preços dos imóveis em 4% em Salvador e da pandemia de covid-19, o mercado de compra e venda de imóveis teve um bom resultado neste ano de 2020, na capital baiana. Foi o que apontou Noel Silva, diretor do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 9ª Região (CRECI-BA), em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia. Na oportunidade, além do atual cenário, o dirigente falou sobre as perspectivas para 2021 no setor.

“O mercado imobiliário, no que se refere a venda e a locação de imóveis residenciais foi muito bem esse ano”, afirmou Silva. “Muito melhor inclusive que no ano passado. Este mercado tem um funcionamento um pouco diferente do de outros. O único setor que efetivamente ficou prejudicado foi o de imóveis comerciais, exatamente porque muitas pessoas fecharam lojas e escritórios. Evidentemente, houve uma oferta tanto de locação, quanto de venda nesse estilo”, salientou.

Já o segmento residencial apresentou registro inverso, principalmente por conta da baixa da taxa Selic, que atualmente está em 2% e fez com que os bancos, por sua vez, baixassem as taxas de juros, de acordo com o diretor do Conselho. “Banco que antes da pandemia praticava 9%, 10% ao ano, passou a praticar 7%. E se formos para o segmento popular, se consegue taxas ainda menores. Com isso, os bancos conseguiram encaixar, dentro da renda necessária para comprar um imóvel financiado, um número maior de pessoas. Isso fez com que a procura por imóveis residenciais aumentasse ao invés de diminuir na pandemia”, disse Noel Silva.

OPORTUNIDADES

De acordo com ele, a maior procura tem se dado por imóveis de valor até R$ 700 mil, nas regiões de Brotas e Piatã, por exemplo, devido à facilidade do comprador em ter o financiamento do apartamento. Mas tudo, conforme Noel Silva, vai depender do perfil do usuário: se é meramente investidor ou futuro morador.

“No segmento do investidor, que é aquela pessoa que estava com dinheiro em aplicação financeira, mas por conta do péssimo resultado das aplicações, não está deixando dinheiro no banco e partindo para os imóveis. Neste momento, a compra de um imóvel para alugar é um dos segmentos mais vantajosos, pois ele pode render, em uma hipótese ruim, até 0,5% do valor dele. Esse público tem buscado mais os imóveis de entrada, de 1 e 2 quartos. Mas há também o público final, que busca apartamento para morar. Esse está entre 2 e 3 quartos”, analisou.

Porém, para o próximo ano, o cenário ainda é de incertezas no setor, por conta da situação econômica do país. “A grande dor de cabeça da gente, nesse momento, é fazer o planejamento estratégico para 2021, pois não sabemos o que vai acontecer com a economia e o mercado imobiliário é sensível com a questão econômica. Neste momento, o cenário é bom. O que foi projetado para o ano que vem (...) muitos lançamentos inclusive estão sendo vendidos – até mesmo os imóveis na planta. Só que nós não sabemos até onde vai isso no ano que vem”, finalizou o dirigente.

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